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Equipe do Twitter que modera abuso infantil tem menos de 10 pessoas

Elon Musk demitiu quase toda a equipe que identifica e remove conteúdo de abuso sexual infantil no Twitter, mas diz que tema é prioridade

29 nov 2022 - 19h01
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App está com menos de dez pessoas na equipe de proteção a conteúdos de abuso sexual infantil
App está com menos de dez pessoas na equipe de proteção a conteúdos de abuso sexual infantil
Foto: Souvik Banerjee / Unsplash

Depois de uma série de polêmicas, mudanças que pregam uma controversa liberdade de expressão e confusões com o selo azul, Elon Musk, o mais novo dono do Twitter, reduziu tanto o número de funcionários da empresa que sobraram menos de dez pessoas para a equipe de proteção infantil da plataforma. Ainda assim, o bilionário diz que o tema é prioridade máxima na rede social.

De acordo com três pessoas que trabalhavam no setor, que falaram ao portal de notícias Bloomberg no início deste ano, o Twitter tinha 20 membros da equipe responsáveis por revisar relatos de materiais de abuso sexual infantil (CSAM). Hoje, depois das demissões de Musk, sobraram menos de dez especialistas. 

Além de Musk comentar constantemente que bloquear materiais de abuso infantil é uma prioridade da plataforma, o empresário incentiva usuários a enviar materiais desse tipo diretamente para ele, o que não condiz com as ações que estão sendo realizadas. 

Uma das fontes comentou que “Musk não criou um ambiente onde a equipe queria ficar”. Entre os funcionários antigos que agora estão de fora, havia especialistas em segurança infantil e ex-policiais nos EUA, Irlanda e Singapura. Essa equipe já estaria trabalhando por mais horas antes de Musk fazer o “ultimato” para que funcionários se comprometessem com mais trabalho. 

Apesar de o Twitter ter banido recentemente hashtags conhecidas por espalhar materiais de abuso sexual infantil, ação não resolveu problema
Apesar de o Twitter ter banido recentemente hashtags conhecidas por espalhar materiais de abuso sexual infantil, ação não resolveu problema
Foto: Luke Chesser / Unsplash

O motivo para a sobrecarga de trabalho era simplesmente o fluxo constante de relatórios de usuários e solicitações legais. 

O Twitter baniu recentemente hashtags conhecidas por espalhar materiais de abuso sexual infantil. Mas essa não foi uma solução para o problema. já que as hashtags e a linguagem codificada dos abusadores para barrar a remoção automatizada de conteúdo mudam com o tempo para fugir da moderação.

Segundo as fontes ouvidas pela Bloomberg, a decisão pelo banimento dessas hashtags surgiu antes mesmo de Musk assumir o comando da plataforma. 

Uma publicação da revista Wired também mostrou que resta apenas um membro da equipe de segurança infantil cuidando de todos os relatórios da região Ásia-Pacífico. 

Fonte: Redação Byte
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