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O mercado de celulares usados cresceu com os preços altos dos smartphones?

Aparelhos seminovos são cada vez mais uma alternativa para consumidores que querem modelos avançados por preços mais em conta

10 nov 2022 - 05h00
(atualizado em 11/11/2022 às 14h00)
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Preços da Apple, por exemplo, tendem a ser bem altos, e a compra por usados acaba sendo uma opção para quem quer adquirir um iPhone
Preços da Apple, por exemplo, tendem a ser bem altos, e a compra por usados acaba sendo uma opção para quem quer adquirir um iPhone
Foto: Mizter_X94 / Pixabay

O uso de celulares usados é cada dia mais frequente por diversos motivos; aqueles que buscam um preço baixo, ou quem quer preservar o meio ambiente, ou mesmo aqueles que não querem dar um aparelho tão caro para seus filhos. 

O fato é que o mercado de celulares usados cresceu nos últimos dois anos. De acordo com dados da pesquisa Panorama Mobile Time / Opinion Box, de julho de 2022, aparelhos usados correspondem a 9% das vendas de smartphones no Brasil, sendo a maior parte deles adquirida por jovens de 16 a 29 anos (13%) e entre classes C, D e E (10%) — nas classes A e B, a porcentagem é 4%.

Para fins de comparação, em 2020 o número de usados vendidos correspondia a 7,2% do total, segundo a IDC Brasil — que aponta que esse mercado está crescendo

Para o co-CEO da Trocafone, Guille Freire, "os aparelhos seminovos surgem como alternativa para que os consumidores consigam ter smartphones mais modernos e tecnologicamente atualizados, sem pagar altos valores por isso". 

Inclusão digital

Dados divulgados pela consultoria internacional Counterpoint, em 2021, mostram que o mercado de celulares usados cresceu 29% na América Latina, quase o dobro da média mundial.

"A Trocafone tem como objetivo disseminar a inclusão digital por meio do oferecimento de aparelhos em condições de uso, e com preços entre 30% e 40% mais baratos”, explica Freire. 

O representante da Trocafone também conta que os tipos de dispositivos mais buscados são aqueles considerados “top de linha” com até um ano de uso, das marcas Apple e Samsung e com lançamento mais recente.

Segundo ele, "essas marcas são muito procuradas por terem demonstrado excelentes opções para o consumidor, como o S20 e o iPhone XR. Porém, outras marcas como Motorola e Xiaomi também permitem boa navegação e usabilidade". 

A analista de Pesquisa e Consultoria de Consumer Devices, Andréia Chopra, da IDC Brasil, disse que nos últimos três anos, temos observado uma queda no mercado de smartphones, e um dos principais motivos para isso é que a renda do brasileiro foi muito comprometida, o que faz com que a compra de smartphones fique em segundo plano. 

Freire argumenta que, além de o preço ser mais barato, o consumidor que adquirir produtos usados em lojas pode ter outras vantagens com o acesso a smartphones com boa configuração, garantia de funcionamento e garantia de que os componentes foram usados e testados após uma rigorosa verificação.

Celulares top de linha usados são os mais procurados, segundo co-CEO da Trocafone
Celulares top de linha usados são os mais procurados, segundo co-CEO da Trocafone
Foto: Luis Wilker WilkerNet / Pixabay

Distribuição e vendas de aparelhos

Neste início de ano, também tivemos problema de falta de componentes por conta do lockdown na China, o que também afetou a distribuição dos aparelhos, e o dólar teve variações muito fortes. Mas depois que o mercado conseguiu se reerguer em abastecimento, o problema que persistiu foi a renda limitada do brasileiro – o que certamente o fez procurar opções mais baratas.

“Antes as pessoas compravam sempre de alguém, de um amigo que estava vendendo, mas agora tem toda uma estrutura que permite maior segurança, como lojas que fazem testes e verificações necessárias, garantia [...] o que deixa esse mercado mais atrativo”, disse Chopra. 

Sobre o preço alto dos smartphones novos no Brasil, Freire e Chopra concordam que os impostos sobre produtos não essenciais contam bastante no cálculo final, assim como a variação cambial diante de um dólar alto. O preço de importação para trazer os componentes dos dispositivos também é elevado, segundo os especialistas. 

Experiências com celulares usados variam

Foi o preço alto dos smartphones novos que motivou Lucélia Andrade Silva, de 38 anos, a comprar um celular usado – com valor bem mais acessível, segundo ela – de um vendedor autônomo. “O celular era usado, porém estava com bateria muito boa e funcionava tudo perfeitamente”, disse ela.

Andrade diz que o celular já não está mais com ela, pois foi repassado para o seu filho, mas chegou a durar cerca de dois anos e meio em suas mãos. Ela afirma que hoje em dia ainda compraria usado, mas prefere buscar um novo por conta da garantia. Em lojas maiores de usados, este poderia já não ser um problema.

Mas para Elisama Alves, de 28 anos, a experiência não foi tão boa assim. Alves contou que comprou um celular usado em uma loja pequena, por indicação de uma colega de trabalho, mas o aparelho não durou muito tempo. Após três dias de uso com tudo aparentemente normal, a bateria começou a dar problemas e não chegava a durar nem por uma hora.

No trabalho e sem carregador, Alves teve que esperar a hora de ir para casa para carregar o dispositivo. Mas logo nos primeiros minutos depois de carregado, a bateria do celular despencou. “Como ainda estava na garantia de três meses da loja, fui até lá e solicitei a troca”, disse ela.

O motivo para Alves ter comprado um celular usado foi para investir num aparelho melhor, mas não ter que desembolsar tanto para isso. “Eu compraria novamente porque a loja dá garantia nos aparelhos vendidos”, defendeu.

Antes de comprar um celular usado, fique atento

A quem interessar explorar melhor esse mercado, algumas dicas são observar o IMEI do celular, que mostra se o aparelho não está bloqueado.

Alé disso, outros detalhes podem fazer a diferença na hora de escolher um aparelho usado, segundo Freire. O usuário deve ficar atento a:

  • Design: veja se o celular usado está quebrado ou trincado;
  • Ano de lançamento; softwares mais antigos pode ser um péssimo negócio;
  • Bateria: verifique o desgaste desse componente;
  • Portas e conexão: realize teste para saber se o dispositivo carrega;
  • Desempenho e memória; mexa no celular para ver se não demora para carregar;
  • Câmera(s) e microfones; teste as funcionalidades do aparelho. 
Fonte: Redação Byte
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