|
Há 31 anos, um macaco deu um grito primal e jogou um osso, a primeira ferramenta da civilização, para o alto. Na cena seguinte, o osso se transmuta em um enorme nave espacial, unindo um abismo temporal de milhões de anos e inaugurando uma nova era. As imagens grandiosas criadas por Stanley Kubrick em 2001: Uma Odisséia no Espaço reestréiam em cópia nova, com seis minutos a mais que no original. É uma boa oportunidade de rever um dos filmes fundamentais de um gênio do cinema, morto por causas naturais na Inglaterra, no última dia 7 de março. O filme foi baseado em livro Arthur C. Clarke, que escreveu o roteiro com Kubrick e impôs um enigmático monolito negro no caminho do Homem. O monolito aparece sempre associado a algum salto evolutivo. Passa pela Terra, pela Lua e por Júpiter, e guarda uma fabulosa especulação: a de que toda a inteligência e evolução humanas são responsabilidade de uma super-inteligência extra-terrestre.
Com um enredo misturando
ciência, religião, o desconhecido e a imortalidade, com direito
à rebeldia assassina de um computador mais humano do que os que o manipulam, HAL-9000 (as letras anteriores
à IBM), Kubrick compôs a primeira epopéia espacial
do cinema, embalada pela música de Strauss e por imensos planos
onde o imaginário do homem se perde até hoje. Apesar
da escassez de recursos e do abuso das maquetes, 2001 é um marco para ser evisto sempre,
referência obrigatória para a ficção científica
atual.
Leia
os comentários de Carlos Gerbase sobre o filme
|
Título Original: 2001: A
Space Odissey |
|||
Copyright © 1996-1999 ZAZ. Todos os direitos reservados. All rights reserved.
|