Danielle Barg
“Voilá!” – é com essa expressão que alguns chefs finalizam um prato nos filmes, comemorando o resultado que será entregue ao freguês. Mas, para os chefs que trabalham com fotos de comida, o grito de “voilá!” acontece bem antes da primeira mordida. Eles entram em ação em uma etapa anterior à escolha final do cliente: na gôndola do mercado ou por trás de um cardápio no restaurante. A ideia é dar vida à expressão “comer com os olhos”, no seu mais profundo significado.
A técnica conhecida como “food styling”, o ato de preparar um prato para ser fotografado, é baseada em muita experiência de quem entende de gastronomia. É preciso ter olho clínico para conseguir um resultado próximo do real, usando o mínimo possível de recursos artificiais. A comida é de verdade, mas, com a iluminação correta e alguns segredinhos, ela fica tão bonita que até parece de mentira.
A situação inversa também engana os olhos: comidas “de mentirinha”, expostas em balcões e vitrines, são tão próximas da realidade que, ao vê-las, dá até vontade de sair mordendo. As comidas cenográficas são outro segmento do complexo ramo alimentício, mas, embora elas sejam feitas apenas com materiais não comestíveis, o objetivo é o mesmo do que o das fotos bem produzidas: provocar água na boca.
Engana-se quem pensa que na hora da fome o que importa é somente o aroma ou sabor: o visual do alimento pode influenciar em uma decisão. O Terra conversou com profissionais das duas técnicas. Vale tirar a prova e tentar adivinhar o que é de verdade, e o que é de mentirinha, clicando nas abas acima. Comer com os olhos também pode ser muito apetitoso e divertido.