Tony Ramos está 'lúcido e sem auxílio de aparelhos', diz boletim médico
Artista precisou ser internado e foi submetido a uma cirurgia para estancar sangramento nesta quinta-feira, 16
O ator Tony Ramos, de 75 anos, respira sem auxílio de aparelhos, está lúcido e seu estado de saúde é estável, segundo boletim médico divulgado pelo Hospital Samaritano Botafogo, no Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira, 17.
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Nesta quinta-feira, 16, o artista precisou ser internado e foi submetido a uma cirurgia de drenagem de hematoma subdural --sangramento intracraniano-- pela equipe do médico Paulo Niemeyer.
De acordo com o boletim atualizado pelo hospital, o ator realizou uma nova tomografia de crânio nesta manhã que mostrou significativa melhora.
Hematoma subdural
Em entrevista ao Terra Você, o neurocirurgião Victor Hugo Espíndola explicou que existem dois tipos desse sangramento que se localiza abaixo da dura máter, que é uma das membranas que recobrem o cérebro: o agudo e o crônico.
O hematoma subdural agudo normalmente é consequente a traumas de um impacto maior, como acidente de carro, queda de moto ou queda de altura. Já o hematoma subdural crônico vai crescendo aos poucos e pode acontecer mesmo em situações de um trauma de baixo impacto.
O médico conta que o hematoma subdural crônico é mais comum em idosos, e em pessoas que fazem uso de medicações anticoagulantes ou antiagregantes e alcoólatras.
“Provavelmente deve ter sido o caso do Tony Ramos, a gente pode ter desde dor de cabeça até um quadro mais intenso que pode levar a perda de força de um lado do corpo, sonolência e, se não for tratado, até mesmo coma”, diz o especialista.
Pode deixar alguma sequela?
O neurocirugião Felipe Mendes diz que pode haver o risco de algumas sequelas em casos de hematoma subdural. Entre elas:
- Dificuldades motoras;
- Problemas de fala;
- Alteração de memória;
- Mudanças de personalidade e outras disfunções cognitivas.
“A gravidade das sequelas geralmente está relacionada ao tamanho do hematoma, à rapidez e à eficácia do tratamento, além da presença de danos cerebrais subjacentes”, ressalta o especialista.