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Cresce o uso de pontos de fidelidade para completar renda

A Dotz, uma das gigantes do setor de fidelidade de lojas de varejo, registrou crescimento de 47% nas trocas de pontos no primeiro trimestre deste ano na comparação com 2018

17 jun 2019 - 04h10
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A freada que houve na economia o primeiro trimestre deste ano fez o brasileiro usar mais os programas de fidelidade do varejo como complemento de renda. Os pontos acumulados estão sendo gastos para pagar contas básicas, como água, luz, supermercado, e especialmente no consumo de entretenimento. A Dotz, uma das gigantes do setor de fidelidade, com 40 milhões de clientes, mais de 300 varejistas associados, entre lojas físicas e online, registrou crescimento de 47% de trocas no primeiro trimestre. "O consumidor não quer gastar dinheiro para ir ao cinema. Ele tem usado uma outra moeda (dotz) que pode gastar sem culpa", diz Roberto Chade, presidente da Dotz.

Neste início de ano o sr. notou aumento de uso dos programas de fidelidade?

Temos visto um aumento do uso de dotz não só contas do dia a dia, mas também para entretenimento. Talvez o consumidor não queira usar o seu dinheiro para ir ao cinema, mas como ele tem uma outra moeda, que pode gastar sem culpa, ele usa dotz para entretenimento também.

Quanto cresceram as trocas este ano?

Cresceram 47% no primeiro trimestre na comparação anual, com destaque do uso de vale compras, vale restaurante, Uber e Uber Eats.

Programa de fidelidade é bom negócio com a economia fraca?

Tem os dois lados. Quando consumidor está apertado ele consome menos. Consumindo menos, as empresas de fidelidade ganham menos também. Mas quando vai às compras, ele fica mais criterioso. Isso faz com que ele concentre os gastos nas empresas que dão mais benefícios. Uma coisa compensa a outra e o saldo é positivo para as empresas de fidelidade.

Quem mais usa programas de fidelidade: o pobre ou o rico?

Os participantes de dotz são aquelas pessoas que fazem o dinheiro valer mais. Temos consumidores extremamente ativos na classe A e na D.

Quanto um programa de fidelidade pode aumentar as vendas do varejista?

Em seis ou sete anos, temos conseguido aumentar o faturamento entre quatro e cinco pontos porcentuais. Isso vem de novos clientes atraídos pelo programa e do aumento do gasto dos clientes atuais. O nosso trabalho é concentrar as compras num determinado estabelecimento e fazer com que o varejista conheça o seu cliente.

Depois da compra da Netpoints, qual será o próximo passo?

Vamos continuar com parcerias estratégicas. Em julho, vamos lançar a carteira financeira, esse conceito do superApp. Vamos entrar em outros segmentos.

Estadão
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