O número da Besta não é 666, mas 616
A Nasa desenvolveu um aparelho capaz de ler a superfÃcie de papiros (em especial os encontrados no Egito em 1897) apagadas pela ação do tempo. Ele consegue fotografar diferentes faixas de espectros de luz. Os três papiros mais importantes foram: o Livro das Revelações, EpÃgono (tragédia de Sófocles) e Elegias (poeta ArquÃloco - Guerra de Tróia). Até mesmo os papiros romanos queimados pelo Vesúvio no século I, estão sendo recuperados (Super Interessante por Mauro Tracco - 6/2005). O destaque está na versão datada do século III sobre o número da besta, que não seria 666 mas, 616. A informação sobre o número 666 está no Apocalipse de São João, capÃtulo 13, versÃculo 18: "Quem tiver discernimento, calcule o número da besta, pois é o número do homem e seu número é 666". Muitos historiadores acreditam que este número referia-se ao marco da implantação de uma nova religião ou Era. O número 666, cuja soma resulta no numeral 18 e desdobrado obtém-se 9 (número do lâmina do Tarot - O Ermitão - sabedoria) não condiz com a fama negativa do seu significado. Já a soma do número 616 que resulta no numeral 13 (lâmina do Tarot 13, a Morte - fim necessário, transformação) tem muito mais simbologia, pois há muito tempo a besta já era representada como "a morte dos corpos". A criação do diabo foi necessária, assim como o bem e o mal, Jesus e o anticristo, a criação de um número especÃfico para denominar a besta etc. Todas as coisas devem ter o seu oposto e toda ação acaba por provocar uma reação para se opor. A aparência da besta seria de um homem comum, gerado em corpo de mulher, dotado de maldade e capacidade para executá-la (Nero, Hitler, Napoleão etc.). Na Idade Média, a besta era chamada "macaco de Deus" ou "dor de Deus", pois teria a capacidade de imitá-lo tanto em milagres como em prodÃgios para confundir os homens.
De tempos em tempos, a besta usaria (no perÃodo de 3 a cinqüenta anos) o corpo de um homem para utilizá-lo como veÃculo do mal. Como o diabo imita seu criador, também existem caracterÃsticas da sua trindade: a rebeldia (o desejo de suplantar o Pai), a tentação (induz o homem a imitar Deus) e a colaboração (atormentar os seres humanos). Para os cristãos, o diabo desejava ser o Cristo, o elo entre Deus e os homens, o veÃculo para a Encarnação do Verbo. Ele foi uma criação de Deus (Lúcifer, Satã, Asmodeu, Belzebu, Azazel, Belial, Iblis etc.) a mais bela de todas as criaturas, dotada de livre-arbÃtrio. Deus amou tanto sua criação que sofreu pela queda provocada por seu orgulho. Assim, o diabo foi condenado ao pior de todos os castigos: a falta de amor. Deus não odeia ou condena o diabo e este, por não ter compaixão, despreza seu criador porque não sabe amar. OrÃgines escreveu que o diabo nunca desaparecerá pois este é um ser (substância) criada por Deus. O que poderá desaparecer é a sua perversidade.
O papel do diabo na sociedade é importante, pois ele seria o responsável pelas doenças, assassinatos, medo e dor, já que Deus é dotado essencialmente de amor e bondade. Personificador da maldade, acaba por livrar o homem da responsabilidade de alguns atos, facilitando para que "o outro" seja o julgado e culpado.
Monica Buonfiglio
|