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Cada mulher está relacionada a uma ou a várias deusas gregas: Atena, Afrodite, Perséfone, Ártemis, Démeter e Hera. Foi o psiquiatra suíço Carl Gustav Jung (1875-1961) quem chamou a atenção para essa relação entre as características psicológicas femininas e os mitos. É provável, portanto, que você se identifique com uma ou até três deusas ou ainda que encontre semelhanças com todas elas. Confira, abaixo, o perfil de mulher que essas deusas representam.

Atena: filha de Zeus, é a representante da sabedoria do pai, pois nasceu simbolicamente da cabeça dele. Trabalho é seu lema. Rege as artes literárias, a educação, a vida intelectual e a vida na cidade. Gosta de compartilhar idéias e talvez se relacione melhor com os homens, que são seus amigos intelectuais. Profissionalmente, a protegida de Atena costuma ter êxito como editora ou diretora de revistas, dirigindo estudos femininos, entrevistando personalidades, fazendo pesquisas, produzindo filmes e lutando pelos direitos da mulher na sociedade. É prática, extrovertida e inteligente. É também a professora, a psicóloga, a escritora e a política. Administradora e organizadora incansável, precisa de um homem sensível para cuidar dela emocionalmente. Os gregos a chamavam de “companheira de herói”. De comportamento juvenil, a melhor fase da vida sua vida é dos 35 aos 40 anos.

Afrodite: conhecida pelos romanos como Vênus, nenhuma deusa foi tão reverenciada. Ela era reverenciada por sua beleza e por seu filho, igualmente belo, Eros (ou Cupido), deus romano do amor. Quem tem identificação com essa deusa é movida pela sensualidade e detém o poder de seduzir. Admira a virilidade do homem, e um belo corpo a deixa extasiada. Ela quer um amante e um guerreiro. Enaltece o espírito de combate dos homens, mas não deseja lutar ao lado deles. Ela sempre é o foco do grupo por ser a mais extrovertida. Exerce um magnetismo nos outros sem notar. Tem amigas, mas se relaciona melhor com os homens. Misteriosa e exótica, sempre perturba o local de trabalho. Quase sempre é cobrada por ser a outra, no ambiente de trabalho, mesmo que não seja. Ousada, às vezes se sente amedrontada e culpada por ser dessa maneira. É considera a deusa da paixão, mas também da compaixão.

Perséfone: é a rainha dos mortos e está em contato com os poderes do inconsciente, como o misticismo e a mediunidade. Ela envolve os homens profundamente, a ponto de atrair os destrutivos; o resultado poderá ser lamentável. Modesta e discreta, fica ansiosa para agradar as pessoas que a rodeiam. Ela é o tipo de mulher que parece adivinhar os pensamentos dos outros. Não se sente à vontade com o corpo e com sua sexualidade. Sente interesse por assuntos relacionados à metafísica. Poderá ser considerada excêntrica e até lunática. Prefere passar boa parte do seu tempo reclusa e isolada. Gosta da leitura esotérica e tudo o que se refere à Nova Era. Para viver mais feliz, poderia entender que a sua mediunidade é uma dádiva e pode ajudar as pessoas. Quando jovem, é a filha-problema e, quando adulta, poderá exercer a profissão de psicóloga, terapeuta ou astróloga. Um bom caminho em qualquer fase da vida é a literatura.

Ártemis: irmã de Atena e deusa mais popular da Grécia. É a deusa da natureza em sua forma virgem ou indomada. Deusa lunar, rege a vida instintiva, a atividade física, a dança e também o atletismo. No casamento, a protegida de Ártemis deve ter sua liberdade respeitada. O marido ideal é seu grande amigo. Não se sente muito à vontade na cidade, onde se mostra esquiva e reservada. Ela não é do tipo mental. Prefere usar uma calça jeans e camiseta a uma roupa clássica, uma vez que os trajes para ela não significam status. Sua palavra-chave é “natureza” e, por isso, sente-se bem em um sítio junto aos animais ou na praia, nadando ou mergulhando. Ela é uma artista nata e se esmera na pintura e escultura. Aprendeu desde cedo a engolir as lágrimas e sente-se muito bem sem a companhia dos homens. Quando criança, sempre se mostra entediada na sala de aula. Não é do tipo que busca o erotismo na intimidade e também não perde tempo com homens fracos.

Deméter: é a deusa da maternidade e de tudo o que se refere às funções reprodutivas. Também é chamada de senhora das plantas, pois está ligada à agricultura. Quando criança, adora brincar com bonecas ou cuidar de um novo bebê. No final da adolescência, é provável namorar firme e casar cedo. Quem é regida por Démeter, tem uma tendência a cuidar maternalmente de todos os homens à sua volta, independentemente da idade deles. É muito fácil identificá-la: está sempre rodeada por crianças. Ela é dotada de ilimitada engenhosidade. Às vezes, poderá receber o título de "santinha", porque sempre está resolvendo tudo para todos, sem nunca reclamar. Ela é a filha, a mãe e posteriormente será a avó feliz. É a mulher que conta a história de contos de fadas, brinca de bonecas com a filha e joga futebol com o filho, além de ajudá-los com a lição de casa.

Hera: rainha dos céus e esposa de Zeus, o deus maior, Hera rege o casamento e todas as funções públicas em que uma mulher exerce o poder, além de preservar a família, a tradição e a comunidade. Sempre deseja ter ao seu lado um homem forte e decidido. Monogâmica, só se relacionará com seu marido. Bastante autoconfiante, nasceu para mandar, não importa qual seja sua classe social. Para ela, o dinheiro é importante, independentemente da sua condição socioeconômica. Tem o sonho de dirigir alguma instituição. Preocupa-se com status, é discreta, refinada e gosta de exercer influência sobre o marido e os filhos.. Caso se sinta rejeitada, se voltará contra a família. Nesse caso, precisará buscar ajuda terapêutica. Caso contrário, poderá ter problemas com vícios no futuro, especialmente depois dos cinqüenta anos, ou isolar-se.

Monica Buonfiglio/Especial para o Terra