Rio - Julio Ribas, técnico do Peñarol, três jogadores do
Nacional e seis do Peñarol devem continuar presos até a próxima
segunda-feira, no Quartel Central da Polícia de Montevidéu por causa da
briga no campo do Estádio Centenário, no domingo passado. Eles foram
processados e estão detidos por ordem do Juiz Mario Eguren, que esteve no
local do conflito no dia da partida.
Os jogadores e o técnico do Peñarol estão detidos desde domingo. A pena por
este tipo de delito é de 3 a 24 meses de prisão. No entanto, os jogadores
não devem ficar tanto tempo. A tendência é que sejam liberados na próxima
segunda-feira.
Estão presos De los Santos, De Souza, Césaro, Elduayen, Dario Rodriguez,
Martin Garcia, do Peñarol, além de Vanzini, Morales e Regueiro, do Nacional.
Também foram processados, mas não estão detidos, o brasileiro Cafu, do
Peñarol, e Lembo, do Nacional.
Os jogadores do Nacional acusam Julio Ribas, técnico do Peñarol, de ter
incitado a agressão a Morales. A reação foi imediata. Durante três minutos,
houve batalha campal. Segundo a súmula do árbitro Sergio Komjetán, 15
jogadores se envolveram na briga.
Foi preciso a intervenção dos policiais. Alguns jogadores tentaram
inutilmente apartar a briga, como o argentino Islas, Cedrés, Rubén Sosa e
Bengoechea. A partida, bastante tensa, terminou empatada em 1 a 1. O
brasileiro Cafu, do Peñarol, foi expulso e 11 jogadores receberam cartão
amarelo.
O Tribunal de Penas da Associação Uruguaia de Futebol vai se reunir na
próxima quarta-feira. serão vistos os vídeos de toda a confusão. Depois, os
advogados dos dois clubes terão quatro dias para preparar a defesa, antes do
julgamento.
Este foi o segundo maior conflito na história do principal clássico do
Uruguai. Em 1990, 21 jogadores brigaram.