Rio - Em clima de guerra, Cruzeiro e Vasco disputam hoje, finalmente, o primeiro jogo das semifinais da Copa João Havelange, às 16 horas, no Estádio São Januário, no Rio de Janeiro. A segunda e decisiva partida está programada para o dia 23, no Mineirão. O Cruzeiro volta a campo 14 dias após a vitória sobre o Internacional por 3 a 2, no dia 2, que garantiu a classificação do time para as semifinais da competição.
Para o presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, quem acabou ficando com mais raiva com a catimba do Vasco e o adiamento da partida, foram os jogadores, o que, segundo ele, “pode ser até benéfico". “Vencer o Vasco virou questão de honra para cada um de nós. Mais importante até do que ganhar o campeonato", afirmou Perrella.
E os jogadores do Cruzeiro prometem dar o troco ao Vasco, em campo, com uma grande exibição. E de preferência com uma vitória para, na segunda partida, no Mineirão, garantir a vaga para as finais do campeonato, previstas para os dias 27 e 30.
O jogo de hoje promete ser um dos melhores do ano. Principalmente pela qualidade dos jogadores em campo, como Sorín e Ricardinho, pelo Cruzeiro, e Romário e Euller, pelo Vasco. O técnico Luiz Felipe Scolari vai armar uma forte marcação na saída de bola e também no meio-campo, tentando, com isso, explorar as falhas vascaínas. Todos sabem, no Cruzeiro, da importância dos gols fora de casa. Enquanto isso, a equipe carioca, que joga em casa, quer a vitória para tentar administrar a vantagem na segunda partida, no Mineirão.
Mas, nos últimos dias, os jogadores saíram de cena, para a entrada dos cartolas. Isso esquentou o clima da partida. A polêmica do adiamento do jogo, prevista para quinta-feira, provocou o bate-boca entre Zezé Perrella e o presidente vascaíno, Eurico Miranda. Perrella ameaçou retirar o clube da competição, mas garantiu que foi convencido pelo técnico e os jogadores a não tomar essa atitude.