Rio - O recorde sul-americano dos 50m livre em piscina curta, estabelecido pela brasileira Rebeca Gusmão no mês passado, foi homologado pela Confederação Sul-Americana de Natação (Consanat). A nova marca, de 25s36, foi obtida no dia 7 de julho, em Santos (SP), na piscina do Clube Internacional de Regatas, numa tentativa individual isolada após a realização da mesma prova, válida pelo Campeonato Paulista.
Como ainda não havia uma regulamentação para este tipo de tentativa, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) teve de consultar a Consanat, daí a demora na homologação.
Para evitar novas dúvidas no futuro, a diretoria da CBDA, em reunião extraordinária no dia 13 de agosto, decidiu o seguinte: o atleta que desejar efetuar a tentativa individual de recorde brasileiro e/ou sul-americano deve fazer uma declaração por escrito e enviá-la à Confederação e à sua respectiva federação. A solicitação deve chegar à CBDA pelo menos 15 dias antes da tentativa.
Na data marcada, a entidade mandará um represente e será utilizada a cronometragem eletrônica. Em caso de recorde sul-americano, a CBDA, assim que receber o resultado, o enviará para a Consanat, para ciência e homologação.
Em caso de tentativa individual para recorde mundial deverá ser respeitada a regra SW12.4, da Fina, que determina que todas as tentativas individuais contra o tempo, realizadas em público, deverão ser anunciadas publicamente com pelo menos três dias de antecedência.
Foi o que aconteceu quando o Brasil conquistou seu último recorde mundial na natação, no dia 20 de dezembro de 1998, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o quarteto brasileiro do 4x100m livre, formado por Fernando Scherer, Carlos Jayme, Alexandre Massura e Gustavo Borges, caiu na piscina isoladamente logo após a última etapa do Troféu José Finkel, e bateu o recorde mundial em piscina curta – hoje recorde sul-americano -, com 3m10s45. Dois anos depois, em março de 2000, o revezamento da Suécia melhorou a marca para 3m9s57, na disputa do Mundial de Atenas, na Grécia.