Rio - Os protestos da torcida do Guarani contra seus jogadores no último domingo, durante a partida contra o América-MG, deixaram o técnico Zé Mário chateado. Antes mesmo do início do jogo, as faixas das torcidas organizadas já estavam de cabeça para baixo, em protesto pela goleada de 5 a 0 sofrida pelo Bugre para o Gama.
“Os protestos da torcida foram injustos com o time. Vínhamos de uma seqüência de quatro resultados positivos e, após uma única derrota, sofremos toda aquela hostilidade. Foi uma manifestação injusta, porque acho que o time merecia maior crédito dos torcedores”, disse o técnico bugrino.
Mas o que realmente incomodou Zé Mário foram as ofensas de parte dos torcedores a alguns jogadores, como o goleiro Gléguer e o zagueiro Edu Dracena, e os gritos de "mercenários" para seus atletas.
“Os salários não interferem em nada no desempenho do time. Coloco minha mão no fogo por qualquer jogador do Guarani. Desde que estou aqui, recebemos um único mês e tiramos o time do último lugar para colocá-lo na briga por uma vaga. Merecíamos maior apoio dos torcedores”, disse o treinador.
O Guarani volta a campo nesta quinta-feira, quando enfrenta o líder São Caetano, no estádio Anacleto Campanella, no ABC paulista.