» Fotos do elenco no lançamento do livro sobre a minissérieA minissérie A Casa das Sete Mulheres terminou na noite desta terça-feira com o fim da Guerra Civil pela independência do Rio Grande do Sul. O diretor Jayme Monjardim, que tinha à mão cinco diferentes opções para o encerramento da trama, optou pela versão mais fidedigna com a real história da Revolução Farroupilha.
O capítulo foi todo costurado com as cenas finais e a narrativa de Manuela (Camila Morgado), que viveu em Pelotas (RS) até os 84 anos à espera de Guiseppe Garibaldi (interpretado por Thiago Lacerda). A última cena da minissérie é justamente a Manuela octogenária.
O general Bento Gonçalves (Werner Schünemann) deixou a Estância da Barra com Caetana (Eliane Giardini) após o fim da guerra e morreu dois anos depois, segundo narrativa da sobrinha Manuela, de "desgosto por não realizar seu destino de político e de guerreiro". O fim da guerra foi decretado, após quase dez anos de luta, pelo chefe do exército republicano, Davi Canabarro (Oscar Simch).
Rosário (Mariana Ximenes) teve um fim trágico, porém esperado: a morte a uniu ao seu amado Estevão (Thiago Fragoso). "Vim para morrer e partir contigo, meu amor." "A morte não existe, meu amor. Vem comigo, vem comigo para a eternidade". Na vida real, Rosário teria se jogado de um penhasco do convento, mas na minissérie sua morte foi representada pelo encontro entre os dois amantes.
Rosário foi encontrada morta, sem um motivo aparente. Ao receber o corpo da irmã, Manuela justificou. "Morreu do desejo de morrer. Era isso que ela queria e conseguiu."
Perpétua (Daniela Escobar) deu à luz uma menina, a quem resolveu chamar de Teresa, nome da primeira mulher de Inácio (Marcello Novaes), interpretada por Sabrina Greve. O parto foi realizado por Manuela. Ao se despedir da filha, Bento Gonçalves a aconselhou: "Tenha mais filhos, Perpétua. Ter filhos é uma benção". "Benção é ter um pai como tu", respondeu Perpétua.
Outra que teve um final feliz foi Mariana (Samara Felippo). Apesar de não ter se reconciliado com a mãe, Mariana viu João Gutierrez (Heitor Martinez) voltar da guerra são e salvo. O casal e o filho Matias passaram a viver em tranqüilidade, sobretudo depois que tia Antônia (Jandira Martini) transferiu a posse da Estância do Brejo para eles. "Queria ter sido sua filha", agradeceu Mariana. "Tu és minha filha", respondeu a emocionada tia Antônia.
A frieza de Maria (Nívea Maria) não cedeu nem ao ver o primeiro neto, filho de Mariana e João. Mariana foi lhe pedir a benção e ela, seca, apenas respondeu que queria partir para Pelotas logo. A matriarca desejou ter morrido. "Meu Deus, que grande inveja que eu tenho de Rosário. Eu também queria morrer."
Joaquim (Rodrigo Faro) acabou ficando com Joana (Manuela do Monte), depois de ter terminado o noivado com Manuela. "Jamais daria o que esperas. Meus sentimentos por Garibaldi são muito fortes. Perdoa, Joaquim", desculpou-se Manuela. "Não há o que perdoar, Manuela. Nunca me enganastes, eu que me iludi."
A princípio, Joaquim recusou o amor de Joana, alegando que não queria fazer com ela o que Manuela fez a ele. Depois, porém, foi para Pelotas atrás da morena, que havia deixado a Estância da Barra com a sua mãe, Rosa (Ana Beatriz Nogueira), para abrir uma oficina de costura, para desespero de Joaquina (Bete Mendes).
Além de sozinha, Manuela ainda teve que ouvir o sermão de Caetana. "Tu és uma idiota. Mas a minha raiva há de passar." "Como podes me chamar de idiota se já quebrastes corações também?".
Guiseppe e Anita Garibaldi (Giovana Antonelli) foram para a Itália lutar pela unificação do país. Anita morreu aos 28 anos e Guiseppe Garibaldi contou ao escritor francês Alexandre Dumas a sua admiração pela bravura e hospitalidade dos brasileiros.