Feira gay atrai 7 mil pessoas ao centro de São Paulo
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Festa do ano passado reuniu 120 mil (Foto: Rogério Lorenzoni/Terra)
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Sexta, 15 de junho de 2001, 16h20
A vizinhança reagiu indignada, chegou a ameaçar com liminares na Justiça e até convocação das Forças Armadas, mas nada impediu a realização hoje da feira GLS na Avenida Vieira de Carvalho, que liga o Largo do Arouche à Praça da República, no centro de São Paulo. A feira é parte de um extenso roteiro de comemorações promovidas pela entidade chamada Associação da Parada do Orgulho de Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros de São Paulo. Durante sete horas, desde o começo da tarde, cerca de sete mil pessoas circularam pelas 35 barracas brancas armadas na praça, consumindo tigelas de açaí, comprando roupas, acessórios e objetos de decoração, entre outros badulaques. Além de moda, decoração e alimentação, a festa contou ainda com algumas campanhas beneficentes, como a do agasalho. As roupas arrecadadas serão distribuídas depois à população de rua da cidade. Outra campanha, a do R$ 1, beneficia a própria associação da Parada Gay. "Com esse dinheiro pretendemos viabilizar a parada gay do ano que vem", explicou o tesoureiro da associação, Almir Nascimento. Durante a festa foram vendidos ingressos para a festa "Gay Day", que acontecerá sábado no parque temático Hopi Hari, na rodovia dos Bandeirantes, a 60 quilômetros da capital. No domingo acontece a já tradicional Parada Gay na Avenida Paulista, que contará mais uma vez com a presença de Marta Suplicy, prefeita de São Paulo - e para a qual são esperadas dezenas de milhares de pessoas.
JB Online
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