Quinta, 04 de julho de 2002, 09h
Gabriela Alves decidiu estrear no dramalhão mexicano Marisol, como a cantora de cabaré Zulema, para retomar a carreira de atriz que havia pensado em abandonar, mas admite: "novela mexicana não é a minha linha de trabalho".
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A atriz, que estrelou quatro novelas na TV Globo, critica a postura do SBT em importar uma produção da Televisa e o despreparo de Bárbara Paz, revelada na primeira edição de Casa dos Artistas, para a novela. "Os personagens da trama mexicana não têm uma humanidade e conseqüentemente, uma identificação com o público. Sinto pena pelo SBT não investir na dramaturgia brasileira. Não faz sentido importar uma novela mexicana se o Brasil produz as melhores novelas do mundo. Eu acho que jogaram a Bárbara numa fogueira. Protagonizar uma novela é uma responsabilidade muito grande e ela poderia ter tido mais preparação. Você pode ser um bom ator, mas se você não tem conhecimento não dá certo", disse.
Gabriela planeja produzir o espetáculo Morrer com quem beija baseado na vida e obra da poetisa portuguesa Florbela Espanca e emplacar a carreira de cantora. "Tenho várias Gabrielas dentro de mim. O melhor da novela Marisol foi que desenvolvi o meu trabalho musical porque tive o aval de escolher o repertório da minha personagem".
A reportagem do Portal Terra acompanhou a atriz no Picadeiro Circo Escola, no Itaim, São Paulo. Morrer com quem beija vai dramatizar as poesias de Florbela numa linguagem multimídia com técnicas circenses. "O espetáculo terá uma linguagem muito lírica e por isso eu acho que o circo representa muito bem isso. Terão trapézios e tecidos aonde a gente vai se enroscar neles", contou. O espetáculo vai se passar no último ano na vida da Florbela, especialmente no quarto dela onde moram seis fantasmas que representam os sentimentos mais presentes na vida e obra da poetisa.
A atriz também revelou que vai mudar seu nome artístico para Gabriela Touliee devido às comparações que recebe por ser filha da cantora e atriz Tânia Alves. "Mudar o nome é uma forma de criar uma independência. É injusto quando as pessoas criam esse estigma. Eu tenho uma coisa para falar, não sou apenas a filha da Tânia Alves. Tenho uma história própria", afirmou.
Alexsandra Bentemüller Redação Terra
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