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Esquadrão Suicida, Skull and Bones: afinal, precisamos de mais "jogos serviço"?

Dois dos principais lançamentos de fevereiro apostam em um gênero cada vez mais difícil de engajar os jogadores

21 fev 2024 - 06h00
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Precisamos de mais jogos serviço, afinal?
Precisamos de mais jogos serviço, afinal?
Foto: Divulgação / Warner Bros. Games

Entre os principais lançamentos de fevereiro, estão Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça e Skull and Bones. Duas superproduções, uma da Warner Bros. Games, outra da Ubisoft, que não poderiam ser mais diferentes, mas que compartilham muitos elementos em comum. Principalmente o desgosto do público.

Esquadrão Suicida é uma produção da Rocksteady, estúdio que já foi idolatrado pelos ótimos jogos da trilogia Batman: Arkham. Skull and Bones é o primeiro jogo da Ubisoft Singapura e levou 13 anos para ficar pronto: é derivado das batalhas navais de Black Flag, um dos jogos mais adorados pelos fãs de Assassin's Creed.

Ambos se enquadram no modelo conhecido como 'Game as Service', ou "Jogo como Serviço", que promete injeções de conteúdo regularmente, com um mundo de jogo sempre em evolução e muita interação online entre os jogadores. Quase 10 anos atrás, títulos como Destiny, The Division e Warframe popularizaram a fórmula. Muitos outros apareceram e sumiram nos anos seguintes, e ainda é muito cedo para dizer se Esquadrão Suicida e Skull and Bones conseguirão evoluir rumo ao sucesso ou têm o fracasso como destino. Tudo vai depender da capacidade das produtoras em manter o interesse dos jogadores.

Cada um deles tem seu apelo particular. O jogo dos anti-heróis da DC é uma aventura cheia de pancadaria e superpoderes em que o grupo de Arlequina, Capitão Bumerangue e outros vilões precisa enfrentar e matar a Liga da Justiça. É até difícil pensar nesse jogo como um "serviço", pois funcionaria muito bem, provavelmente até melhor, como uma aventura tradicional, com começo, meio e fim. Enquanto Esquadrão Suicida estava em produção, Marvel's Avengers nasceu, tentou e morreu, deixando um alerta que a WB Games preferiu ignorar.

Por sua vez, Skull and Bones aposta em batalhas marítimas na Era das Navegações, com um deslumbrante Oceano Índico para navegar, lutar e pilhar. É um foco muito bem direcionado, e a diversão é garantida para quem curte batalhas navais. Porém, não espere nada além disso: a trama, a exploração a pé e as mecânicas de construção são tão rasas que qualquer canoa acaba encalhada. A Ubisoft investiu muito em seu jogo de pirataria, mas precisa acrescentar novos conteúdos e aventuras para manter seus corsários virtuais engajados por um bom tempo.

Ao contrário desses dois jogos vendidos como 'blockbusters' pela indústria, Helldivers 2 chegou de mansinho, com um preço mais atrativo e muita ação cooperativa. É um jogo realmente divertido e envolvente, muito antes de tentar se vender como "serviço". Não por acaso, vem batendo recorde atrás de recorde de popularidade no Steam e no PlayStation 5.

Há uma lição aí, e desenvolvedoras e publishers deveriam estudá-la.

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Fonte: Game On
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