OpenOffice 1.0
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Para quem não acompanhou o processo, vale a informação: há pouco mais de um ano e meio, a Sun Microsystems resolveu abrir o código fonte do StarOffice, o seu pacote de aplicativos para escritório que anda no encalço do Microsoft Office. Surgia ali o OpenOffice, projeto de software livre onde a comunidade poderia contribuir para a evolução do StarOffice, à semelhança do que ocorre com outros programas, incluindo o sistema operacional Linux.
A Sun continuou com os direitos sobre o código do StarOffice, e agora está finalizando o processo que fazia parte da sua estratégia: passar a cobrar pelo pacote, que era gratuito até a versão 5.2, e disputar o mercado com o Microsoft Office. A versão 6.0 deve ser liberada para vendas ainda esse mês e já vem com a contribuição dos desenvolvedores do OpenOffice. Mas os usuários que não puderem pagar pelo StarOffice 6.0 não ficarão órfãos: já está disponível para download grátis o OpenOffice 1.0.
Começando pela performance, o OpenOffice é mais rápido (talvez aqui cabesse um "menos lento", já que a velocidade continua não sendo o forte do produto da Sun) que o Office 5.2. A aparência continua um tanto tosca, sinal de que nesse aspecto parece que o pacote parou no tempo. Mas ao menos a fonte escolhida como padrão para os menus e barras de ferramentas é mais apresentável.
O software inclui editor de textos, aplicativo para apresentações, planilha eletrônica e um programa vetorial no estilo Corel Draw. Os três primeiros são compatíveis com o Microsoft Office (incluíndo a versão XP) mas o tal software gráfico só é compatível com o StarOffice Draw.
A performance, como já foi dito, melhorou de uma forma geral, mas ainda tem muito a evoluir. O futuro do programa, no entanto, parece promissor: contando com a contribuição da imensa comunidade dos softwares livres, o processo de melhorias e correções de bugs ganha em agilidade. Pode ser que daqui a alguns anos ele até roube algumas noites de sono do Bill Gates. E, para os brasileiros, uma novidade: um grupo quer criar uma versão em português tupiniquim, que nos poupe de expressões como "arquivos de ficheiro".
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