Você terminou a faculdade, casou e teve filhos. É seguro dizer que se tornou um adulto? Não necessariamente, afirma uma pesquisadora britânica. Ela verificou que, para muitas pessoas, a "fase adulta" (maturidade) não é definida pela passagem por eventos tradicionais, mas pela uma mudança na personalidade e no comportamento."Verificamos que os indicadores tradicionais da fase adulta - como casar ou conseguir um emprego - tiveram pouca importância para nossos voluntários", disse Fiona Ulph, da Universidade Southampton, em Highfield. Em vez disso, "parece que as características que estimulam o individualismo foram importantes na definição da maturidade".
Os resultados do trabalho se basearam nas respostas que mais de 1,3 mil homens e mulheres britânicos com mais de 16 anos deram aos questionários aplicados. Os voluntários foram divididos quase na mesma proporção em quatro faixas etárias: 16 a 20 anos, 21 a 24 anos, 25 a 30 anos, e mais de 30 anos. A todos foi solicitado identificar os eventos que representavam a transição para a fase adulta e em que grau esses indicadores eram válidos para cada um deles.
Num encontro recente da Sociedade Psicológica Britânica, realizado em Blackpool, Ulph informou que certas medidas tradicionalmente aceitas como sinal de maturidade - como casar, completar a educação, ter um filho ou sair de casa - foram consideradas não mais que "um pouco importantes". Ela verificou ainda que esses indicadores, geralmente, ficaram em desvantagem em comparação com definições mais abstratas de crescimento - como ter uma sensação de independência, de maturidade emocional ou de responsabilidade.