Um estudo publicado este mês no jornal Fertility and Sterility faz um apelo para o desenvolvimento de uma nova série de leis para regular pesquisas baseadas em células-tronco de embriões humanos e também estudos com tecido fetal. A legislação atual permite que células-tronco do tecido fetal sejam usadas em pesquisas, mas somente sob orientações restritas. O financiamento federal é proibido para qualquer pesquisa que envolva células-tronco de embriões humanos e foi suspenso por um relatório sobre o assunto dos Institutos Nacionais de Saúde.
Células-tronco podem se transformar em qualquer tipo de célula do corpo e possuem um grande potencial para o tratamento de diferentes doenças e distúrbios.
"Em vez de criar uma política separada para regular o uso de células de embriões humanos, pode ser mais eficaz, lógico e simples regular esta pesquisa como pesquisa com tecido fetal ou desenvolver uma nova política que inclua pesquisas de transplante de embrião e tecido fetal humano", escreveram os pesquisadores da Escola de Medicina Johns Hopkins, em Maryland.
Os pesquisadores sugerem que a nova política deve incluir diversas diretrizes, como garantir que as necessidades da pesquisa não tenham influência na decisão de descongelar o embrião conservado ou de interromper uma gravidez.
As novas leis devem garantir ainda que o consentimento para o uso de embriões ou tecido fetal em pesquisas seja obtido após essas decisões serem tomadas, que nenhum incentivo seja oferecido para promover a doação de tecido embrionário ou fetal e de que haja um corpo regulador para verificar o cumprimento das diretrizes.
A polêmica utilização de células-tronco humanas está recebendo maior atenção desde que a Associação Americana do Coração (AHA) anunciou que concorda em apoiar o financiamento federal para pesquisas com células-tronco.
A AHA acredita que pesquisas com células-tronco possuem um potencial sem precedentes para tratar doenças cardiovasculares e derrame.