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Resgate de submarino é pesadelo naval

Quarta, 16 de agosto de 2000, 15h54min
Resgatar a tripulação de um submarino imobilizado no fundo do mar é um desafio comparável a um pesadelo onde tudo, do desenho do submergível às condições do tempo, pode produzir um desastre. A marinha russa tem usado diversos aparelhos para tentar alcançar os 118 homens presos dentro do submarino nuclear Kursk no mar de Barents enquanto considera várias outras opções.

Os russos admitem que não têm tido contato com o Kursk desde que o submarino afundou no sábado, e nada sabem sobre as condições em seu interior. O esforço principal tem se concentrado em pequenas cápsulas de resgate desenhadas para acoplarem-se a uma escotilha e retirar os marinheiros.

Mas fortes correntes submarinas, visibilidade zero em águas turvas e o ângulo no qual o submarino está pousado têm derrotado todos esses esforços. Depois de repetidos fracassos de uma relativamente pequena cápsula de escape chamada Priz, que poderia transportar nove marinheiros de cada vez, a Marinha começou fazer tentativas, hoje, com uma versão maior chamada Bester - um submergível de 50 toneladas operado por dois ou três tripulantes, que pode salvar até 20 marinheiros por vez.

Acoplar-se a uma escotilha de carga ou a outras aberturas seria um primeiro passo. Uma vez que submarinos são naves de guerra, escotilhas de convés só podem ser abertas pelo lado de dentro, a fim de evitar a entrada de intrusos. O submarino é dividido em compartimentos impermeáveis. A cápsula de resgate poderia acoplar-se a uma escotilha que leva a um compartimento que esteja inundado ou vazio, e ser incapaz de dar acesso ao resto do submarino.

A Rússia também tem um aparelho chamado Kolokolchik (Sino), essencialmente uma sofisticada versão de antigos sinos de mergulho. A tripulação de um submarino poderia teoricamente colocar roupas de mergulho, sair por uma escotilha e nadar até o sino. Esse método também pode ser usado para cápsulas de resgate. Entretanto, o submarino está a mais de 100 metros de profundidade e, sem visibilidade, os sobreviventes teriam de encontrar o aparelho de resgate pelo tato.

Oficiais da marinha disseram que a tripulação pode não ter roupas de mergulho em número suficiente, ou as roupas podem estar em compartimentos inundados. Se eles têm as roupas, os sobreviventes teriam de colocá-las e então esperar por mais de uma hora até que o compartimento seja inundado, para que possam abrir a escotilha de escape. Os homens teriam poucas chances de sobreviver tanto tempo em águas congelantes. Mesmo que consigam sair do submarino, a pressão da água sobre os nadadores seria enorme, potencialmente fatal.

Todos os marinheiros que tentaram escapar nadando de um submarino soviético avariado, em 1983, à profundidades de 60 metros, morreram. A marinha também está considerando submergir enormes flutuadores vazios, prendê-los ao Kursk e então enchê-los para levantar o submarino de 13 mil toneladas até a superfície, ou pelo menos até a uma profundidade onde a operação de resgate seja mais fácil. Oficiais russos admitiram que seriam necessários vários dias para se preparar tal operação, e o mau tempo na área provavelmente tornaria a missão impossível.

Um minissubmarino oferecido pela Grã-Bretanha, o LR5, tem 10 metros de comprimento e é descrito como um "helicóptero submergível", com um sofisticado sistema de câmeras e equipamentos próprios para afastar destroços, como braços mecânicos. Sua tarefa seria atracar-se a um convés do Kursk, mas não está claro se a estrutura do aparelho britânico seria compatível com o da Marinha russa.

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Agência Estado

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