Cerca de mil representantes das principais religiões do mundo estão reunidos a partir desta segunda-feira na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no 1º Encontro Mundial de Líderes Religiosos e Espirituais pela Paz. A reunião, que se encerrará na próxima quinta-feira, tem como objetivo coordenar as ações dos líderes religiosos e diminuir as tensões entre suas comunidades.Uma Declaração Mundial de Paz está sendo preparada pelos participantes do encontro, que também analisam propostas como a criação de uma comissão de líderes encarregada de colaborar com a ONU na resolução de conflitos. Os organizadores do evento estabeleceram que 28 de agosto passa a ser o Dia da Oração para a Paz Mundial. "Pedimos a todas as pessoas do mundo que se reúnam em seus lares e locais de oração e trabalho para rezar pela paz", afirmou nesta segunda-feira o secretário-geral do encontro, Bawa Jain.
As delegações mais numerosas são a judaica, que inclui o grão-rabino de Israel, Meir Lau, e a muçulmana, que conta com o grão-mufti da Síria, xeque Ahmad Kuftaro. Também participam do evento líderes de diversas religiões cristãs, do xintoísmo, hinduísmo e budismo, entre outras. O líder exilado dos budistas do Tibete, o dalai-lama, não foi convidado para a reunião por pressão do governo da China, que o acusa de apoiar a independência dessa região.
Bispos poloneses pediram perdão pela tolerância da Igreja Católica em relação ao anti-semitismo e ao desprezo contra os não-católicos. O pedido foi feito numa carta de desculpas pelas falhas da Igreja Católica ao longo da história, aprovada pelos bispos na última sexta-feira. O texto foi lido durante as missas do domingo pelos padres da Polônia, cuja população é 95% católica.
