Ministério Público pede prisão de Sikêra Júnior pelo crime de racismo
Em 2018, o apresentador utilizou termos racistas e misóginos contra uma jovem negra durante a exibição do programa 'Cidade em Ação'
O Ministério Público Federal (MPF) pediu a prisão e pagamento de multa por crime de racismo do apresentador Sikêra Júnior. Em junho de 2018, o apresentador utilizou termos racistas e misóginos contra uma jovem negra durante a exibição do programa Cidade em Ação, da TV Arapuã, afiliada da RedeTV! na Paraíba - um ano antes de virar apresentador do Alerta Nacional.
Sikêra utilizou termos como "vagabunda", "preguiçosa" e "venta de jumenta" ao se referir à vítima durante o programa. Além das ofensas, ao perceber que as unhas da jovem não estavam pintadas, Sikêra afirmou que "mulher que não pinta a unha é sebosa".
O caso foi protocolado na última segunda-feira, 30, e o órgão declarou que o apresentador cometeu crime de racismo "pois praticou discriminação e preconceito racial de gênero por intermédio dos meios de comunicação social ou publicação de qualquer natureza, cuja pena é de reclusão de dois a cinco anos e multa".
Sem tecer nenhum comentário sobre o assunto, Sikêra Júnior publicou em suas redes sociais um print da notícia do pedido de prisão. E logo seus seguidores inundaram a publicação com comentários a favor do jornalista. Muitos afirmavam que ele estava sendo perseguido e censurado.
Não é a primeira vez que o apresentador gera discussão e polêmica. Sikêra já foi acusado de proferir falas homofóbicas e negacionistas. Em março de 2020, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Amazonas (SJP-AM) se pronunciou contra sua declarações e chegou a divulgar uma nota de repúdio contra o apresentador.