Mulher relata ter sido dopada por motorista de aplicativo em São Paulo
Suspeito, segundo a vítima de 32 anos, teria usado um produto químico lançado no ar dentro do carro
Uma passageira usou as redes sociais para relatar que foi dopada por um motorista de aplicativo durante uma corrida na noite de terça-feira, 10, na cidade de São Paulo. Segundo o relato, o suspeito teria usado um produto químico lançado no ar dentro do carro.
Em seu perfil no Instagram, a fotógrafa Bruna Custódio, 32, afirmou que a corrida começou normalmente, seguindo a rota traçada pelo GPS, com todos os vidros do carro abertos. Próximo ao destino, ela percebeu algo estranho.
"Ele olhou para trás, como se estivesse querendo ver o que eu estava fazendo, e fechou o vidro dele", conta ela, que disse ter começado a sentir um cheiro forte de algum produto químico, que aumentava gradativamente.
Inicialmente, a fotógrafa relata ter imaginado tratar-se de uma crise de ansiedade. Também cogitou que o cheiro vinha de fora. Mas o odor foi ficando cada vez mais forte, até que Bruna conta ter sentido a cabeça zonza, tremores e a visão turva.
Ela diz ter mandado mensagem para a namorada e pedido para o motorista parar o carro. "Ele parou, mas ficou perguntando o que estava acontecendo, claramente mentindo", afirma. Ao sair do carro, Bruna conta ter feito uma foto do veículo e se afastado por medo.
O que diz a 99
Em nota, o aplicativo de transporte 99 lamentou o ocorrido e afirmou já ter bloqueado o motorista da plataforma. "Mobilizamos uma equipe que está em contato com a Bruna para acolhimento e suporte necessários."
A empresa informou ainda não tolerar qualquer forma de assédio. "Investimos constantemente em ferramentas de segurança para a prevenção, proteção e acolhimento de todos os usuários, principalmente para as passageiras", pontuou a 99, que recomenda a opção de compartilhamento de rota com contatos de confiança, o monitoramento das corridas, bem como a gravação de áudio e o botão para ligação direta para a polícia.
O aplicativo incentiva a denúncia de casos como o de Bruna pelo próprio app ou pelo telefone 0800-888-8999.