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Política

Bolsonaro deu aval para vender Rolex e joias, diz Cid em delação

Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência também afirmou que ex-presidente determinou a avaliação do item de luxo

10 nov 2023 - 14h30
(atualizado às 16h05)
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O tenente-coronel Mauro Cid ao lado do então presidente Jair Bolsonaro
O tenente-coronel Mauro Cid ao lado do então presidente Jair Bolsonaro
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

Em sua delação premiada, Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro na Presidência, relatou à Polícia Federal (PF) que recebeu uma "determinação" do então presidente para avaliar e vender o relógio Rolex, juntamente com os demais itens de luxo que faziam parte de um dos kits de joias dados pelo regime da Arábia Saudita como presente oficial. As informações são da jornalista Andréia Sadi, da GloboNews.

Na delação, Cid acusa Bolsonaro de ser o mandante dos supostos crimes em apuração, que incluem peculato (desvio de bens públicos) e lavagem de dinheiro.

As afirmações do militar corroboram as suspeitas anteriores da PF de que as joias foram comercializadas por ordem direta do ex-presidente e que Bolsonaro teria recebido os valores em espécie para evitar deixar rastros.

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De acordo com o depoimento de Cid, no início de 2022, Bolsonaro manifestava insatisfação em relação a várias questões: os pagamentos vinculados a uma condenação judicial em um processo movido pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), os gastos relacionados à mudança e transporte do acervo de presentes recebidos, e também as multas de trânsito decorrentes da ausência de uso de capacete durante motociatas.

Segundo Cid, Bolsonaro, então, teria o questionado sobre quais eram os presentes de maior valor recebidos em função do cargo.

Cid contou que, para avaliar o valor mais facilmente, optou por verificar os relógios e solicitou ao Gabinete Adjunto de Documentação Histórica (GADH), responsável pela organização do acervo presidencial, uma lista desses itens que o presidente havia recebido.

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O tenente-coronel informou à PF que comunicou a Bolsonaro que o relógio que poderia ser vendido de maneira mais rápida era um Rolex de ouro branco presenteado pela Arábia Saudita em 2019, durante uma viagem oficial.

Em seguida, ex-ajudante de ordens afirmou que “recebeu determinação do presidente” para avaliar o valor do Rolex e que o ex-presidente o autorizou a vender o relógio e os demais itens do kit ouro branco.

Fonte: Redação Terra
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