Países usam coronavírus para restringir mídia, diz entidade
Entidade que defende liberdade de imprensa cita, em documento, 'preocupação' por restrições aos jornalismo livre durante pandemia
LONDRES - Membros do Grupo Executivo da Coalizão pela Liberdade de Imprensa estão pedindo a todos os Estados que continuem a proteger o acesso à mídia livre e a apoiar a livre troca de informações neste momento de pandemia de coronavírus. "Estamos preocupados com os esforços de alguns Estados para usar a crise para impor restrições indevidas a uma mídia livre e independente", trouxe o documento publicado nesta terça-feira, 7, pelo governo do Reino Unido, mas que também é assinado por Canadá, Alemanha, Letônia, Holanda e Estados Unidos.
Tais ações, segundo a carta, negam às sociedades informações críticas sobre a disseminação da doença e minam a confiança no governo responsável. "Reconhecemos que a pandemia representa uma grande ameaça à saúde pública global. Isso levou os governos a implantarem medidas excepcionais para proteger a saúde e a segurança de seus cidadãos. Nesse contexto, reafirmamos a importância fundamental da liberdade de imprensa."
O documento também parabeniza os jornalistas e outros profissionais da mídia por atuarem na linha de frente com reportagens sobre essa crise de saúde. O trabalho, conforme a carta, serve para manter as sociedades informadas, promover medidas de saúde adequadas e combater informações falsas ou enganosas. Também permite que as pessoas acessem informações confiáveis para proteger sua saúde e a de suas comunidades e permite que as pessoas reconheçam os problemas que devem ser abordados e ainda pedirem ações de seus governos.
"Continuamos comprometidos em apoiar os governos à medida que tomam medidas para proteger a liberdade da imprensa. Instamos os governos a continuar garantindo a liberdade e independência da mídia, a segurança de jornalistas e outros profissionais da mídia e a não impor restrições indevidas na luta contra a proliferação do coronavírus (covid-19)."