Cientificamente falando, pode. No entanto, a ética aponta outros caminhos. “Para os humanos, precisaríamos de uma série de autorizações, inclusive o pedido expresso da família”, constata Vinícius Costa Ribeiro Pereira, biólogo e agente de conservação e pesquisa do Zoológico de Brasília. Por isso, não é uma prática comum, ainda que possível.
Além disso, a aparência final não seria muito agradável, garante Emerson Boaventura, museólogo e taxidermista. Diferentemente dos outros mamíferos, o ser humano não tem pelos para cobrir a pele. Assim, a alteração de cor decorrente dos processos químicos para conservação não poderia ser disfarçada. “Uma onça tem sua pelagem para esconder a mudança da coloração da derme. O resultado seria um ser humano com uma cor amarronzada com manchas negras. Enfim, um horror”, afirma.
foto: AFP