"O principal elemento de um eclipse é a sombra”, resume o físico Plínio Fasolo, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
A sombra de qualquer objeto é constituída por duas partes: a umbra, que é a parcela da sombra que não recebe luz alguma proveniente da fonte luminosa, e a penumbra, a parte da sombra que recebe a luz de partes da fonte luminosa, mas não de toda.
No caso do eclipse lunar, a Terra está em linha reta entre o Sol e a Lua. O Sol projeta sua luz sobre nosso planeta, e a Lua é ocultada pela umbra da Terra - situação que chamamos de fase total do eclipse. Já enquanto a Lua transita pela penumbra da sombra da Terra, nas laterais da umbra, o eclipse da Lua é parcial.
Para explicar o eclipse solar, Fasolo destaca que o Sol é uma fonte de luz de dimensão imensa se comparada ao tamanho da Terra e da Lua. Por isso as sombras da Terra e da Lua, além de possuírem muita penumbra, possuem umbras em forma de cone. "As sombras tanto da Lua como da Terra se formam sempre do lado oposto ao do Sol, que é a fonte de luz. O cone de umbra da Terra é muito maior do que a distância da planeta à Lua”, completa.
Mas o professor esclarece que o cone de umbra da Lua é variável. Tem uma dimensão praticamente igual à sua distância da Terra. "Essa coincidência passa a ser responsável pela existência de dois tipos de eclipses do Sol produzidos pelo cone de umbra da Lua: o eclipse total do Sol e o eclipse anular."
Fasolo conta que ocorrerá um eclipse total do Sol na região da superfície da Terra “tocada” pela ponta do cone de umbra, quando esta sombra possuir dimensão maior do que a distância da Terra à Lua.
Já o eclipse será anular quando a dimensão do cone de sombra da Lua for um pouco menor do sua distância para a Terra, deixando por isso de tocar a superfície da Terra. "Nesse, caso a Lua tapa apenas a região central do disco solar, deixando em torno um anel de luz."