É perfeitamente possível - apesar de um astronauta não ter lá muitos motivos para chorar ao chegar lá em cima, acredita a coordenadora do centro de gravidade da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), professora Thaís Russomano.
Ela conta que, ao chorar, a pessoa contrai os canais lacrimais da mesma forma que quando está na Terra - são essas estruturas as responsáveis por expelir as lágrimas. "A diferença está no que aconteceria com as lágrimas ao sair do olho", explica Thaís. "Em vez de rolar pela face, elas flutuariam com a ausência de gravidade."
A especialista conta, ainda, que o ambiente em uma nave espacial é extremamente controlado para que tenha uma composição semelhante à terrestre. Oxigênio, nitrogênio e gás carbônico aparecem nas mesmas proporções, assim como a pressão é também igual.
A idéia é reduzir ao máximo o baque de navegar a 27 mil quilômetros por hora em órbita da Terra.