Uberização, CLT demonizada e Venezuela: como foi a 1ª fase da Fuvest
Segundo o diretor executivo do vestibular da USP, Gustavo Monaco, prova priorizou a interdisciplinaridade
A primeira fase da prova da Fuvest 2026, o vestibular da Universidade de São Paulo(USP), aplicada nesta domingo, 23, teve questões de interpretação relacionadas ao mercado de trabalho no Brasil, com temas como a "uberização" do trabalho e a recente "demonização" de empregos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) entre crianças e adolescentes.
Nesta edição do processo seletivo, 111.480 candidatos vão disputar as 8.147 vagas, em um dos processos seletivos mais concorridos e tradicionais do País.
De acordo com o diretor-executivo da Fuvest, Gustavo Monaco, a prova priorizou a interdisciplinaridade, como já havia sido anunciado. A abstenção foi de 9,17%.
Ao todo, a prova conta com 90 questões de múltipla escolha. A professora Vera Lúcia Antunes, coordenadora Pedagógica do Objetivo, avaliou que as questões interdisciplinares usaram áreas como Geografia, Sociologia, Filosofia e Literatura como pontes entre os conhecimentos.
A política internacional também estava entre os assuntos abordados, com perguntas sobre a região de Nagorno-Karabakh, na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão, o Oriente Médio e a tentativa de anexação de Essequibo, na Guiana, por parte da Venezuela.
O papel dos professores na conscientização dos alunos sobre as diferenças sociolinguísticas do Brasil também foi citado, assim como uma questão que mencionava a obra Verdade Tropical, livro de memórias escrito pelo cantor Caetano Veloso.
Ao todo, a prova foi composta por 90 questões no formato múltipla escolha