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Tiroteio interrompe agenda de campanha de Tarcísio em SP

Segundo candidato, todos da sua comitiva estão bem; governador de São Paulo determinou 'imediata investigação do ocorrido' em Paraisópolis

17 out 2022 - 12h39
(atualizado às 19h06)
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Candidato ao governo do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) teve de interromper agenda no Polo Universitário de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na manhã desta segunda-feira, 17, por causa de um tiroteio. Nas redes sociais, ele disse ter sido alvo de "ataque de criminosos", mas afirmou que todos da sua comitiva estão bem e que um "bandido foi baleado".

Conforme apurou o Estadão, assim que os tiros começaram, os presentes foram orientados e deitar no chão e manter distância das janelas. O motivo do tiroteio ainda está sendo investigado. Após cessar a troca de tiros, Tarcísio foi escoltado para uma van e deixou o local.

O delegado-geral da Polícia Civil, Osvaldo Nico Gonçalves, foi até Paraisópolis buscar entender in loco o que houve. "Ainda não conseguimos identificar o que aconteceu", afirmou. "Estamos falando com todo mundo, falando com a segurança do Tarcísio e com o serviço reservado da Polícia Militar", afirmou.

Outro integrante da cúpula da Polícia acredita que a hipótese de atentado está praticamente descartada. A Secretaria de Segurança Pública convocou uma entrevista coletiva para tratar do episódio.

O policiamento está sendo reforçado na área com a presença de policiais do COE (Comando de Operações Especiais), Força Tática, Rota, Garra e Dope (Departamento de Operações Policiais Estratégicas).

Em nota, o governador Rodrigo Garcia (PSDB) informou já ter conversado com Tarcísio e destacou que determinou "a imediata investigação do ocorrido". De acordo com o governador, a Polícia Militar "agiu rápido e garantiu a segurança de todos". "Acabei de falar com Tarcísio de Freitas e ele e sua equipe estão bem. A Polícia Militar agiu rápido e garantiu a segurança de todos. Determinei a imediata investigação do ocorrido", anunciou o governador, em publicação no Twitter.

Adversário de Tarcísio no segundo turno, Fernando Haddad (PT) afirmou que ainda não estava sabendo do ocorrido, já que cumpria agenda de campanha, mas disse repudiar "toda e qualquer forma de violência". "Isso vale para (20)18, (20)20 e (20)22?, disse. "Estou fazendo uma campanha de paz e muito respeitosa. Nunca faltei com educação com respeito com ninguém, sempre tratei meu adversário com muito respeito."

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) conversou com Tarcísio e declarou que o tiroteio é sinal de que o aliado precisa reforçar segurança. "Eu recebi um telefonema do Tarcísio, algumas imagens também, tudo é preliminar ainda, então, eu não quero me antecipar, se foi uma ação contra a equipe dele, se foi uma ação isolada, se algum conflito já estava havendo na região. Então, seria prematuro eu falar sobre isso", declarou Bolsonaro, no Palácio do Alvorada.

O presidente do G10 Favelas e líder comunitário Gilson Rodrigues lamentou o ocorrido, mas argumentou que nenhum representante da organização ou da União dos Moradores e do Comércio de Paraisópolis (UMCP) foi informada da visita de Tarcísio.

"Paraisópolis tem uma tradição em receber políticos, autoridades, artistas e personalidades por ser uma comunidade pacífica e organizada", afirmou em nota. Paraisópolis é uma das maiores favelas do País, emblemática por fazer divisa com o Morumbi, bairro de alto padrão.

Estadão
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