'Era para eu estar morto', diz Donald Trump em primeira entrevista após atentado
Trump afirmou que o ataque foi uma "experiência surreal" e disse que deve fazer um discurso "diferente" do planejado na Convenção
Em primeira entrevista após a tentativa de assassinato, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump disse que o ataque foi uma "experiência surreal" e afirmou que deve fazer um discurso "bem diferente" do que havia planejado para a Convenção Nacional Republicana que deve oficializá-lo como candidato do partido à Casa Branca.
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A Convenção começa nesta segunda-feira, 15, e será realizada até a próxima quinta-feira, 18, em Milwaukee, no Wisconsin, um dos estados-chave para o pleito de novembro. O evento acontece na esteira do ataque contra Trump em um comício em Butler, na Pensilvânia.
"É uma experiência muito surreal, e você nunca sabe o que vai fazer até que uma coisa dessas aconteça", disse Trump. "Eu não deveria estar aqui, era para eu estar morto", acrescentou, em conversa com o The Washington Examiner e New York Post.
Segundo Trump, o discurso foi modificado para se tornar mais "unificador". "Quero tentar unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas. Esta é uma chance de unir o país inteiro, até mesmo o mundo inteiro. O discurso será muito diferente, muito diferente do que teria sido dois dias atrás", afirmou.
Ao chegar a Milwaukee, Trump saiu do avião com o punho erguido, repetindo sua reação imortalizada logo após o ataque de sábado, 13. O autor do atentado, morto pelos Serviços Secretos, foi identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, mas suas motivações ainda não estão claras.
Enquanto isso, o presidente Joe Biden, adversário de Trump nas eleições de novembro, fez um novo apelo contra a violência política e disse que o ataque ao republicano "impõe a todos um passo atrás".
"Não somos inimigos, somos todos americanos", disse o democrata, pedindo para todos "abaixarem o tom". "A política não pode ser um campo de batalha."
Atentado a Trump
Trump foi retirado às pressas do palco, depois que tiros interromperam o comício em que ele discursava no sábado, 13, em Butler, Pensilvânia. Ele tinha manchas de sangue visíveis na orelha quando foi levado pela equipe de seguranças.
O atirador e um dos apoiadores de Donald Trump que participava do comício foram mortos. Outros dois participantes do comício estão internados em estado grave.
Posteriormente, Trump se pronunciou em sua rede social, Truth, dizendo ter sido atingido na orelha. "Fui atingido por uma bala que perfurou a parte superior da minha orelha direita. Eu soube imediatamente que algo estava errado, pois ouvi um som de zumbido, tiros, e imediatamente senti a bala rasgando a pele. Houve muito sangramento, então percebi o que estava acontecendo", escreveu.
O FBI revelou no domingo, 14, que o responsável pelo atentado contra o ex-presidente agiu sozinho. Ele foi identificado como Thomas Matthew Crooks, tinha 20 anos, possuía registro como filiado ao partido republicano e acabou morto após o ataque por agentes do Serviço Secreto.
Já o apoiador de Trump morto foi identificado como Corey Comperatore, de 50 anos. A identidade do homem foi revelada pelo seu próprio irmão em uma publicação no Facebook. "O ódio por um homem tirou a vida do homem que mais amamos", declarou.
*Com informações da Ansa.