O que você precisa saber sobre Síndrome de Down?
Entenda mais sobre a condição no Dia Internacional da Síndrome de Down
21 de Março Dia Internacional da Síndrome de Down
A Síndrome de Down (SD) é uma condição genética que atinge diversas pessoas, mas que ainda causa diversas dúvidas nas pessoas. Nesse sentido, o acesso a informações que desmistifiquem a temática é essencial para toda a população. É exatamente isso que o dia 21 de março, Dia Internacional da Síndrome de Down (SD), trata. A data é pensada para ser uma celebração da vida e gerar conscientização das pessoas na sociedade sobre esse assunto tão importante para diversas famílias. Pensando nisso, este artigo abordará a síndrome de Down, principais características e cuidados necessários, principalmente nos primeiros estágios da vida. Vamos aprender?
O que é a síndrome de Down?
A Síndrome de Down é uma condição genética causada por uma cópia extra do cromossomo 21. Ela também é conhecida como trissomia 21. Para entender melhor, uma pessoa que não possui essa deficiência tem 46 cromossomos, já a pessoa com a síndrome, tem 47. A condição genética é responsável por alterar, de forma irreversível, o desenvolvimento da pessoa — seja ele físico ou intelectual. A SD acontece ainda nos primeiros estágios da fecundação na formação do óvulo ou no início do desenvolvimento do embrião no útero. Não existe um público que a síndrome de Down esteja mais ligada, ela pode afetar pessoas em todos os contextos da sociedade. Entretanto, apesar de ser uma só síndrome, ela pode se manifestar de forma diferente em cada indivíduo.
Quais são as características da Síndrome de Down?
Apesar de ser uma única síndrome, ela pode afetar as pessoas de formas diferentes. Assim, os sintomas e características variam. Veja quais são as principais!
Características físicas
Não existe um conjunto de características exatas que estejam presentes em cada um com a condição genética. Entretanto, a aparência de uma pessoa com Síndrome de Down pode ser caracterizada por olhos amendoados, rosto mais redondo, pescoço mais curto, mãos pequenas com dedos menores e nariz pequeno — mesmo quando adulto. Existem outras características que podem ser identificadas.
- boca e as orelhas são consideradas pequenas;
- língua pode ser projetada para fora da região bucal;
- baixa estatura;
- pescoço curto e grosso.
Ainda que sejam características comuns para pessoas com Síndrome de Down, não são todas que apresentam esse conjunto de aspectos. É interessante ressaltar que como as pessoas sem a condição, a aparência variará, podendo ser mais acentuada ou menos.
Doenças pré-existentes
A deficiência intelectual, sendo leve ou moderada, existe e pode ser responsável por um atraso no desenvolvimento geral da criança e do adulto. Além disso, existem doenças que podem atingir de forma mais contundente essa parcela da população. A alteração cromossômica da Síndrome de Down pode estar associada com uma falha existente no desenvolvimento do coração do feto com a condição. A cardiopatia congênita é uma das doenças que podem acometer a pessoa com SD. Elas também podem apresentar problemas oculares como catarata congênita, estrabismo ou mesmo miopia. As pessoas com síndrome de Down ainda podem ter hipotireoidismo, que é uma alteração na tireoide — ele pode ser identificado por meio do teste do pezinho. Uma parcela considerável da população com SD ainda pode ter uma contagem diferente de glóbulos brancos e vermelhos. Os brancos são mais baixos do que de uma pessoa sem a condição genética, por exemplo. Alterações dermatológicas, complicações gastrointestinais e perda de audição também estão no escopo de possíveis adversidades que certas pessoas com a síndrome podem enfrentar ao longo da vida.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico inicial da Síndrome de Down pode ser feito antes mesmo do nascimento da criança. Durante o período gestacional é possível identificar a possibilidade da condição por meio de ultrassom, amniocentese e amostragem de vilo corial. Entretanto, esses exames não podem fornecer um diagnóstico preciso. Após o nascimento, a equipe médica — após análises minuciosas — pode indicar com certeza o diagnóstico de Síndrome de Down na criança. Apesar de possível, essa indicação inicial deve ser feita apenas se os pais escolherem esse caminho. Ele não é feito sem o consentimento direto dos responsáveis.
Quais são os tratamentos indicados?
É importante afirmar que a Síndrome de Down não tem cura. Como você aprendeu, ela é uma condição genética que atinge o feto. Dessa forma, não existe um tratamento para curar a pessoa da SD, mas sim para as doenças ou atrasos que podem ser causadas por ela. Manter a qualidade de vida também deve ser um dos objetivos. O desenvolvimento de uma pessoa com a síndrome pode ser desafiador, mas existem alternativas que buscam desenvolver e melhorar diversos aspectos.
Dentro das possibilidades de tratamentos existem terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia e outras intervenções que ajudam na melhoria da coordenação motora, por exemplo. Para doenças como a cardiomiopatia, citada anteriormente, exigem visitas regulares a um médico especialista. Para problemas que necessitem de tratamentos invasivos, deve-se sempre ter um profissional da área na orientação e execução do procedimento. Ademais, a inclusão social é extremamente necessária para estimular um desenvolvimento satisfatório da criança. Estar inserido na sociedade, com grupos de amigos na escola, no trabalho e em diversas áreas da vida da pessoa com Síndrome de Down é um importante mecanismo para auxiliar na independência. Essa autonomia proporcionará uma vida plena para o adulto com SD.
Qual é a expectativa de vida de uma pessoa com síndrome de Down?
Em outros tempos, a expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down era baixíssima, não chegando aos 30 anos. Na atualidade, graças aos tratamentos para melhoria da saúde e da qualidade de vida, esse número cresceu exponencialmente. A expectativa de vida para pessoas dentro e fora da Síndrome de Down dependerá de muitos fatores como alimentação, atividade física, aspectos ligados à saúde, dentre outros. Existem aspectos diversos que podem influenciar na longevidade daquela pessoa. Por conta disso, é fundamental que a pessoa com SD tenha um acompanhamento especializado, com a promoção de exames regulares.
A inclusão social é um aspecto importante para o desenvolvimento de uma pessoa com SD?
A inclusão social é um aspecto importantíssimo para o desenvolvimento geral de uma pessoa com Síndrome de Down. Alguém que tem essa condição tem personalidades, habilidades, gostos individuais e preferências como as pessoas fora da SD. Com isso, assim como todas as outras pessoas, também desejam estar incluídas em um contexto social, com grupos de amigos na escola ou na faculdade, no trabalho e em outros ambientes. A inclusão proporciona um maior progresso no seu potencial individual. Estar em uma comunidade que promova aceitação e não exclusão é essencial para ser possível ter uma vida independente. Esse processo traz a pessoa com síndrome de Down para um contexto de remoção de barreiras físicas e emocionais. A inserção das pessoas com SD pode ser feita nas escolas, desde a primeira infância, até a adolescência, em empresas, mas ela começa em casa. Os pais devem incentivar a independência, buscando a capacitação trabalhista daquela pessoa, autonomia emocional, etc. Existem 4 inverdades sobre a Síndrome de Down que você pode ajudar no esclarecimento de outros.
- "Síndrome de Down é doença": a SD não é doença, mas sim uma condição genética;
- "Pessoas com a condição não podem ser independentes: a independência é possível. Pessoas com SD podem trabalhar, ter família e filhos, por exemplo;
- "Quem tem a condição é um 'portador'": o indivíduo tem síndrome e não a porta;
- "Todas as pessoas com SD são iguais": cada um tem a sua personalidade, desejos e características individuais.
Ao longo deste artigo você pode conhecer mais sobre a síndrome de Down, como ela se manifesta e a importância da inclusão social para todo o desenvolvimento daquela pessoa. Dessa forma, utilize as informações de qualidade contra o preconceito e promova a integração de todos na sociedade, seja na escola, no trabalho ou mesmo no transporte coletivo.