Filho de petista morto nega pedrada em bolsonarista: 'Jogou um punhado de terra'
Leonardo Arruda diz que pai nunca quis converter ninguém politicamente
O guarda municipal Marcelo Arruda não jogou pedra e nem um copo de cerveja contra o policial penal Jorge Guaranho antes de ser assassinado pelo bolsonarista. Pelo menos, essa é a versão de Leonardo Arruda, filho do petista que estava na comemoração do pai.
"O cara a princípio fez um movimento como se estivesse armado. A primeira reação dele (de Marcelo Arruda), foi pegar um punhado de terra e tacar nele. Ao contrário do que estão falandoque era pedra ou copo de cerveja, era um punhado de terra", afirmou em entrevista ao Estúdio I, da TV Globo,
Segundo Leonardo Arruda, após a primeira discussão, Guaranho levou a mulher e o filho recém-nascido para casa, mas deixou eles do lado de fora antes de "retornar para assassinar meu pai". "Ele não pensou nem na família dele", disse o filho mais velho do guarda municipal.
Em entrevista ao jornal O Globo, Arruda afirmou que o pai era uma pessoa aberta para discussões: "Meu pai estava muito feliz por estar ao lado das pessoas que amava. Ele nunca quis converter ninguém politicamente e sempre respeitou a opinião das pessoas. Estava disposto a debater com os argumentos que tinha. Sempre foi de ler muito".
No sábado, Marcelo Arruda organizou uma festa com o tema de PT para comemorar os 50 anos em Foz do Iguaçu, no Paraná. Ele acabou assassinado pelo Guaranho após uma discussão. Ele chegou a revidar e também baleou o opositor político.