No campo armamentista, a guerra na Ucrânia se tornou o cenário de uma transformação militar sem precedentes, com a batalha de drones redefinindo o combate moderno. Se, nos primeiros meses, lá por 2022, os confrontos eram travados com fuzis e metralhadoras nas linhas de árvores, hoje o campo de batalha é dominado por enxames de drones kamikazes e ataques de precisão. Nos últimos tempos, esses ataques estão cada vez mais descontrolados.
Uma nova forma de guerra
No início deste ano, o Guardian contou, em uma extensa reportagem, que, ao longo da linha de frente, as tropas russas e ucranianas agora se atacam a partir de quilômetros de distância com esses enxames de drones de Primeira Pessoa (FPV). São dispositivos pequenos, mas letais, equipados com até um quilo de explosivos, que mudaram a natureza do combate.
"É como o trabalho de um franco-atirador", explicou ao veículo britânico Dima, soldado ucraniano, enquanto mostrava um vídeo em seu celular de um FPV perseguindo pacientemente um soldado russo antes de acertá-lo com precisão letal.
A democratização do ataque aéreo
O resultado é que, no conflito, não há lugares seguros. A acessibilidade e a eficácia desses dispositivos voadores democratizaram o poder aéreo, permitindo que qualquer unidade, mesmo sem apoio da força aérea, possa executar ataques de precisão. A esse respeito, Samuel Bendett, especialista em drones do Centro de Análise Naval, contou que os FPV passaram de ser uma novidade em 2022 para se tornarem a principal...
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