Adoçante zero pode aumentar risco de derrame e ataque cardíaco, diz estudo

Substância eritritol, encontrada em adoçantes, pode fazer com que plaquetas sanguíneas coagulem mais facilmente, segundo pesquisa

28 fev 2023 - 18h07
Pesquisa atribui eritritol a risco de derrame
Pesquisa atribui eritritol a risco de derrame
Foto: Crédito: Reprodução/Freepik

O eritritol, substância utilizada amplamente como substituta do açúcar, pode aumentar os riscos de doenças cardiometabólicas, sendo associado à coagulação de sangue, ataque cardíaco e derrames, segundo estudo conduzido pelo Centro de Diagnóstico e Prevenção Cardiovascular do Cleveland Clinic Research Institute, nos Estados Unidos.

Publicada na revista Nature Medicine nesta segunda-feira (27), a pesquisa aponta que as pessoas que apresentam fatores de risco para doenças cardíacas, como diabetes, tinham duas vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco ou derrame se tivessem os níveis mais altos de eritritol no sangue.

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Pesquisas adicionais, realizadas em laboratório e em animais, mostraram que a substância eritritol poderia estar fazendo com que as plaquetas sangüíneas coagulassem mais facilmente.

Ao chegar no coração, os coágulos podem provocar um ataque cardíaco, ou, se chegar ao cérebro, há chance de um derrame.

O estudo destaca que os adoçantes artificiais são um risco não apenas pelo consumo para adoçar o café, por exemplo, como também em seu amplo uso pela indústria de alimentos.

“Adoçantes artificiais foram amplamente introduzidos na cadeia alimentar nas últimas décadas para reduzir a ingestão de açúcar e calorias. Com a crescente epidemia de obesidade em todo o mundo, os adoçantes artificiais são ingredientes cada vez mais comuns em refrigerantes, alimentos processados e produtos de higiene pessoal”, diz o artigo científico.

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“Na verdade, adoçantes artificiais foram detectados até mesmo na água subterrânea e da torneira. Embora sejam geralmente considerados seguros pelas agências reguladoras (por exemplo, US Food and Drug Administration e União Europeia), pouco se sabe sobre os efeitos de longo prazo dos adoçantes artificiais na saúde”, acrescentam os autores.

Fonte: Redação Byte
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