Airbus corre para lançar aviões movidos a hidrogênio até 2035

Empresa vai fazer teste acoplando tanque criogênico, que mantém o hidrogênio em temperaturas baixas, ao modelo A380

21 nov 2022 - 17h57
Para que aviões movidos a hidrogênio decolem, é preciso criar tanques capazes de deixar as temperaturas desse composto extremamente baixas, por volta de -250ºC
Para que aviões movidos a hidrogênio decolem, é preciso criar tanques capazes de deixar as temperaturas desse composto extremamente baixas, por volta de -250ºC
Foto: Airbus

Não é novidade que a Airbus quer produzir aviões com emissão zero de carbono. Nos últimos anos, a empresa tem apresentado modelos comprometidos com esse objetivo. Agora, com o projeto ZEROe, isso fica mais claro: o objetivo da empresa é testar aeronaves a hidrogênio para que cheguem ao mercado até 2035.

Até o momento, todos os três modelos que vieram a público com essa proposta são movidos a hidrogênio líquido. Para que eles decolem, é preciso criar tanques capazes de deixar as temperaturas desse composto extremamente baixas, por volta de -250ºC, independentemente da tecnologia usada no veículo.

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Esses tanques, chamados "criogênicos", estão inspirando equipes de especialistas na Europa a unirem forças o mais rápido possível para produzi-los. Eles serão fabricados em Nantes, cidade francesa em que fica um dos centros de desenvolvimento da Airbus. 

Outra sede da companhia em Bremen, na Alemanha, ficará responsável por transformar o hidrogênio líquido em gás. A Airbus planeja concluir o primeiro protótipo do tanque em menos de um ano. 

A Airbus pretende que em menos de um ano, o primeiro protótipo do tanque seja criado
Foto: Gerd Altmann / Pixabay

“É um verdadeiro testemunho do trabalho em equipe em nossos sites ver este primeiro tanque sendo fabricado tão rapidamente. Queremos otimizar o tanque para uma maior eficiência e reduzir ainda mais sua pegada ambiental: afinal, uma aeronave de emissão zero precisa estar o mais próximo possível da emissão zero durante todo o seu ciclo de vida”, disse o chefe de fabricação do ZEROe, Chris Redfern.

Ciclo, testes e funcionamento

O ciclo é assim: engenheiros projetam os tanques de hidrogênio criogênico em um software na cidade de Toulouse. Os arquivos são enviados às equipes em Nantes e Bremen, que os revisam e exploram o processo de fabricação. Assim, o primeiro tanque — que é testado com nitrogênio, não hidrogênio — é desenvolvido.

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Os testes da primeira versão do tanque servirão para o desenvolvimento da segunda versão, mais avançada, ainda em 2023. A Airbus pretende, com isso, ter um tanque criogênico “totalmente funcional” e pronto para ser instalado no avião A380 até 2028.

A ideia é que a empresa use o maior avião do mundo em operação como uma plataforma de testes. Com quatro turbinas convencionais, um quinto motor deve ser adicionado na fuselagem traseira para que o veículo funcione a hidrogênio. 

Fonte: Redação Byte
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