Pesquisadores descobriram, por meio de estudos e análises, que os dinossauros como o T. rex eram tão inteligente quanto os répteis mas não tão inteligente quanto os macacos.
Pesquisadores descobriram que os dinossauros como o T. rex eram tão inteligentes quanto os répteis, mas não tão inteligentes quanto os macacos. Eles revisaram o tamanho e a estrutura cerebral dos dinossauros, identificando que o comportamento deles era similar ao de crocodilos e lagartos.
Para chegar nessa conclusão, foi preciso reunir um grupo de paleontólogos, cientistas comportamentais e neurologistas.
Em 2023, um outro estudo publicado afirmou que dinossauros como o T. rex possuíam um grande número de neurônios e eram muito mais inteligentes do que se pensava.
Ainda, foi considerado que esse valor elevado de neurônios poderia trazer informações diretas sobre a inteligência, metabolismo e história de vida dos dinossauros, e que o T. rex era semelhante a macacos em alguns de seus hábitos.
A transmissão cultural do conhecimento e o uso de ferramentas foram mencionados como exemplos de características cognitivas que os dinossauros poderiam ter.
No novo estudo publicado no The Anatomical Record, os cientistas analisaram mais profundamente as técnicas utilizadas para entender o tamanho do cérebro, assim como a quantidade de neurônios nos cérebros dos dinossauros.
A equipe contava com Hady George, da Universidade de Bristol, Darren Naish (Universidade de Southampton) e liderado pelo Kai Caspar (Universidade Heinrich Heine) com Cristian Gutierrez-Ibanez (Universidade de Alberta) e Grant Hurlburt (Museu Real de Ontário).
Foi descoberto que as suposições anteriores a respeito do tamanho do cérebro dos dinossauros, assim como o número de neurônios que eles continham eram pouco confiáveis.
A pesquisa é o resultado de décadas de análises de paleontólogos e biólogos sobre o tamanho e a anatomia cerebral dos dinossauros. Esses dados eram usados para entender seu comportamento e estilo de vida.
As informações sobre os cérebros dos dinossauros são obtidas a partir de preenchimentos minerais na cavidade cerebral, conhecidos como endocastros, bem como das próprias formas das cavidades.
O tamanho do cérebro dos dinossauros foi superestimado, e consequentemente, também as contagens de neurônios, segundo a nova pesquisa. Além disso, eles demonstram que as estimativas de contagem de neurônios não são um guia confiável para a inteligência.
Para reconstruir a biologia de espécies extintas há muito tempo, de forma confiável, os pesquisadores precisam analisar diversas linhas de evidência, incluindo anatomia esquelética, histologia óssea, o comportamento de parentes vivos e fósseis de pegadas.
"A possibilidade de que o T. rex possa ter sido tão inteligente quanto um babuíno é fascinante e aterrorizante, com o potencial de reinventar nossa visão do passado", afirmou Naish. "Mas nosso estudo mostra como todos os dados que temos vão contra essa ideia. Eles eram mais como crocodilos gigantes inteligentes, e isso é igualmente fascinante".