A Amazon pediu para que seus funcionários parassem de utilizar o aplicativo de vídeos curtos TikTok, segundo informou o jornal americano The New York Times nesta sexta-feira, 10. A empresa disse, em email para os funcionários obtido pelo jornal, que o app oferece riscos de segurança para a empresa.
A recomendação para os funcionários não exclui que eles possam acessar a rede social, mas não devem fazer isso pelo mesmo dispositivo em que utilizam o email da empresa. O email dizia, ainda, que os funcionários não conseguiriam acesso ao email corporativo se ainda estivessem com o TikTok instalado no celular, orientando a exclusão do app o mais rápido possível.
"Embora a Amazon não tenha se comunicado conosco antes de enviar o e-mail e ainda não entendamos suas preocupações, congratulamo-nos com um diálogo", afirmou o TikTok em um comunicado.
O ocorrido marca mais um capítulo na conturbada história do TikTok com a credibilidade de seu sistema de segurança dos usuários, principalmente nos Estados Unidos. A empresa já enfrentou investigações de órgãos públicos federais e vive sob a ameaça de ser banida no país norte-americano, com muitos políticos — inclusive o secretário de Estado Mike Pompeo — defendendo que o app da chinesa ByteDance pode roubar dados.
O TikTok, porém, segue investindo em seu império fora da China. O app já alcançou a marca de ser o segundo mais baixado nos celulares durante o ano passado, segundo o Sensor Tower, e tem desejos de fixar sedes fora da ásia. A contratação do ex Disney Kevin Mayer foi uma dessas tentativas de tentar, ao mesmo tempo, se desvincular no país de origem e se aproximar dos Estados Unidos, onde tem um grande público, principalmente entre os adolescentes.