Anúncio do Google no Spotify contra PL das fake news burla regras do serviço

Anúncio em áudio disse que projeto pode “aumentar a confusão sobre o que é verdade e o que é mentira no Brasil”

2 mai 2023 - 12h33
(atualizado às 12h34)
Spotify teria feito anúncio contra PL que visa regularizar informações disseminadas na internet
Spotify teria feito anúncio contra PL que visa regularizar informações disseminadas na internet
Foto: Poder360

O Spotify surpreendeu usuários da plataforma ao veicular um anúncio do Google que diz que o Projeto de Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet (PL 2630/2020), conhecida como PL das Fake News, pode “aumentar a confusão sobre o que é verdade e o que é mentira no Brasil”. 

Embora as regras de uso do Spotify proíbam publicidade de conteúdo político, ouvintes registraram o anúncio e repercutiram nas redes sociais

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“O projeto de lei das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade e o que é mentira no Brasil, por isso, precisamos melhorar o texto do PL 2630. Fale com seus deputados nas redes sociais ainda hoje, acesse o blog do Google Brasil para saber mais”, citava o anúncio no Spotify divulgado por um usuário no Twitter. 

Segundo o Spotify Brasil, a campanha foi pausada na manhã desta terça-feira porque viola as políticas da plataforma. A empresa não soube informar por quanto tempo o conteúdo foi veiculado. 

Byte entrou em contato com o Google pedindo esclarecimentos sobre o anúncio e aguarda uma posição da empresa. 

O Google já se manifestou publicamente sobre o PL 2630. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, publicou nesta segunda-feira (1º), no Twitter, que a pasta irá apurar a possível ocorrência de práticas abusivas pelas empresas de tecnologia.

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PL das Fake News

O texto, que estaria previsto para ser votado nesta terça-feira (2), tramita no Congresso desde 2020 e visa estabelecer regras, diretrizes e mecanismos de transparência para redes sociais, como Facebook, Instagram, TikTok e Twitter, ferramentas de busca, como o Google, serviços de mensageria instantânea, como WhatsApp e Telegram, e indexadores de conteúdo.

O relatório ganhou destaque e pedido de urgência após ataques em escola em São Paulo e Santa Catarina. Para ser aprovado, o documento precisa de maioria simples, desde que confirmado o quorum mínimo de 257 deputados em plenário. A aprovação se dá por metade mais um dos votos dos parlamentares que registrarem presença na sessão.

Como teve origem no Senado, caso seja alterado, o texto volta para aprovação dos senadores. 

Fonte: Redação Byte
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