Aplicativo detecta depressão e risco de suicídio

Programa identifica palavras-chave e frases como "me odeio", "deprimido" e "ajude-me" no Twitter

30 out 2014 - 16h44
(atualizado às 16h45)
<p>Programa acompanha usuários do Twitter e envia alerta sobre posts 'depressivos'</p>
Programa acompanha usuários do Twitter e envia alerta sobre posts 'depressivos'
Foto: Divulgação

A organização de caridade Samaritans lançou um novo aplicativo que notifica usuários do Twitter se uma pessoa que segue seu perfil no site parece ter vontade de se suicidar.

O programa Samaritans Radar usa um algoritmo para identificar palavras-chave e frases que indicam este estado, como "cansado de estar sozinho", "me odeio", "deprimido", "ajude-me" e "preciso falar com alguém".

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Usuários que se inscreveram para participar da iniciativa receberão um alerta por email quando alguém fizer este tipo de declaração.

O aplicativo questiona se os tuítes são motivo de preocupação. A organização diz que não se envolverá diretamente nestes casos a não ser que isso seja pedido.

Joe Ferns, diretor-executivo de políticas, pesquisa e desenvolvimento da Samaritans, disse à BBC que o aplicativo não foi feito para ser uma ferramenta de monitoramento de usuários.

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"O Radar apenas capta tuítes públicos, dando a oportunidade de que eles sejam vistos por aqueles que já os poderiam ver de qualquer forma", ele afirmou.

"Mas imagine que um amigo postou algo de madrugada e que você está a caminho do trabalho, e sua conta tem uma série de tuítes que parecem ser menos importantes - o Radar dá a oportunidade de ver esse tuíte de novo ao destacá-lo. Isso não é bisbilhotar ou invadir a privacidade de alguém. Trata-se apenas de mostrar algo para que você possa fazer alguma coisa sobre isso."

O aplicativo foi criado principalmente para um público com idades entre 18 e 35 anos.

"Eles são 'nativos digitais' - cresceram usando novas tecnologias e são a primeira geração a crescer com computadores em suas casas", disse Patricia Cartes, diretora global de segurança e confiança do Twitter. "São o grupo mais ativo em plataformas sociais e passam uma média de três horas por dia em redes sociais."

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A Samaritans diz que buscará levar o serviço para outras mídias sociais no futuro.

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