Após pouso conturbado, sonda japonesa volta a operar na superfície da Lua

Agência Espacial Japonesa (JAXA) divulgou imagens feitas pela sonda Smart Lander for Investigating Moon (SLIM)

29 jan 2024 - 11h51
(atualizado às 11h53)
Sonda pousou com sucesso, mas teve problema com painéis solares
Sonda pousou com sucesso, mas teve problema com painéis solares
Foto: Divulgação/Jaxa

O módulo lunar do Japão que pousou na Lua voltou a operar normalmente, segundo divulgou a Agência Espacial Japonesa (JAXA) nesta segunda-feira (29). Agora, a nave poderá prosseguir com a missão que visa investigar a superfície lunar

No dia 19 de janeiro, a JAXA confirmou que o Japão realizou um pouso controlado na superfície da Lua. Entretanto, um problema nos painéis solares da sonda impediu o sistema de gerar energia elétrica.

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O módulo japonês Smart Lander for Investigating Moon (SLIM) pousou em um ângulo instável que deixou seus painéis solares voltados para o lado errado.

"Ontem à noite conseguimos estabelecer comunicação com o SLIM e retomamos as operações!" anunciou a JAXA em uma postagem no X.

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A agência também divulgou uma imagem granulada de uma rocha lunar conhecida como “poodle toy”.

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“Começamos imediatamente as observações científicas com o MBC e obtivemos com sucesso a primeira luz para observação de 10 bandas”, disse, referindo-se à câmera espectroscópica multibanda da sonda.

A JAXA levou o SLIM ao espaço no último dia 6 de setembro, a bordo do foguete japonês H-2A. O módulo entrou em órbita da Lua em dezembro e tinha como objetivo pousar na borda da pequena cratera Shioli.

Ao pousar na Lua, o Japão se juntou aos Estados Unidos, a antiga União Soviética, China e Índia na seleta lista de países que já conseguiram fazer uma alunissagem — termo técnico para este tipo de aterrissagem.

Problemas no pouso

Em sua descida, apelidada de “20 minutos de terror”, a nave sofreu problemas no motor e acabou em um ângulo distorcido, conforme mostraram imagens divulgadas pela JAXA.

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Na semana passada, a JAXA disse que desligou o SLIM do tamanho de um elevador com 12% de energia restante, esperando que a nave "acordasse" esta semana.

Um porta-voz da JAXA disse à AFP que a operação SLIM foi retomada "presumivelmente porque a geração de energia foi retomada em sua bateria solar à medida que recebia luz solar".

“Vamos priorizar o que podemos fazer agora – observar e recolher informações – em vez de ajustar a posição do SLIM, uma vez que ajustar a posição poderia levar a uma situação pior”, disse o porta-voz.

O que o Japão quer fazer por lá?

A missão da JAXA tem como objetivo principal investigar as origens da Lua através da análise de sua composição rochosa. Um dos focos é o estudo do permafrost lunar, uma área congelada que pode fornecer informações cruciais sobre os recursos hídricos no satélite natural da Terra.

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Dados coletados pelo SLIM teriam um papel importante no projeto Artemis, conduzido pela Nasa, que deve levar astronautas de volta à Lua e estabelecer uma presença humana sustentável no satélite.

Caso a missão se concretize com êxito, a tecnologia desenvolvida poderá tornar futuras missões de sondas robóticas mais eficientes e econômicas, garantindo a precisão no pouso nos locais designados.

Fonte: Redação Byte
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