Os Jogos Olímpicos de Paris 2024, que iniciaram na última sexta-feira (26), se iniciaram sob uma grande ameaça cibernética. Especialistas fizeram diversos alertas para a possibilidade de até quatro bilhões de ataques digitais durante o torneio, com o aplicativo oficial do evento sendo um alvo principal.
O app já foi baixado por 10 milhões de usuários no Google Play e é o quarto mais baixado no quesito "esportes" na Apple Store. A ferramenta coleta uma grande quantidade de dados pessoais, tornando-se um atrativo para cibercriminosos que buscam lucros financeiros, vantagens políticas ou simplesmente causar disrupção.
Durante as Olimpíadas de Inverno de Pequim em 2022, por exemplo, hackers violaram sistemas de criptografia — o que reforça a gravidade da situação.
Mecanismo de defesa
A França, em preparação para este cenário, montou uma equipe de cibersegurança com 630 profissionais, contando com o apoio de empresas como a Cisco Systems France e a Agência de Segurança Cibernética e Infraestrutura dos EUA. As informações são do The Next Web.
As ameaças vão desde ataques de phishing e DDoS até espionagem, com hackers russos sendo apontados como a maior ameaça.
A exclusão da Rússia e Bielorrússia das Olimpíadas, devido à invasão da Ucrânia, aumenta ainda mais a tensão geopolítica e o risco de ciberataques patrocinados por Estados. São apenas 15 atletas russos para participar dos Jogos.
A combinação de grandes eventos, coleta massiva de dados e tensões geopolíticas cria um cenário complexo e desafiador para a segurança cibernética das Olimpíadas de Paris 2024.