A Apple está perto de se tornar a primeira empresa americana a alcançar o valor nominal de US$ 1 trilhão. Nesta quarta-feira, 1º, a empresa "bateu na trave": suas ações subiram 5,9%, negociadas a US$ 201,50, fazendo a empresa ser avaliada em US$ 973 bilhões.
O otimismo dos investidores se deve aos bons resultados apresentados pela empresa na última terça-feira, em seu balanço para o período entre abril e junho de 2018. Destaque para a alta de 17% na receita, graças às boas vendas do iPhone X, modelo mais caro de seu smartphone, vendido por US$ 1 mil nos EUA, e a alta do faturamento da empresa com serviços como a loja de aplicativos App Store e o serviço de streaming Apple Music.
A marca histórica, porém, está um pouco mais longe do que muitos pensavam - isso porque a Apple atualizou ontem o número total de ações que possui - 4,829 milhões, e não 4,842 milhões como divulgado anteriormente. Sem essa atualização, a empresa estaria avaliada em US$ 990 bilhões ao fim do pregão de ontem. Para ultrapassar a marca de US$ 1 trilhão, cada papel da Apple precisa ser negociado a US$ 207,04.
A Apple tem hoje larga vantagem na "corrida do trilhão". Enquanto faltam "apenas" R$ 27 bilhões para atingir a marca, a Amazon e a Alphabet (holding que controla o Google), ainda estão abaixo dos US$ 900 bilhões - respectivamente, as empresas valem US$ 876 bilhões e US$ 848 bilhões.
Em uma perspectiva histórica, a Apple não será, porém, a primeira companhia a atingir a marca de US$ 1 trilhão. Segundo a The Economist, a britânica Companhia das Índias Orientais e a Standard Oil, da família Rockfeller, já estiveram no mesmo clube, com atualização dos valores pela inflação. A chinesa PetroChina chegou a ter esse valor durante 15 dias em 2007, durante forte movimento especulativo na bolsa de Xangai.
Terceira posição. A Apple pode atingir a marca histórica de US$ 1 trilhão apesar de ter cedido a vice-liderança em vendas de smartphones à chinesa Huawei - a líder isolada do setor é a Samsung. Porém, conforme a própria empresa ressalta, seu "pulo do gato" não está na quantidade de aparelhos, mas no valor que os clientes estão dispostos a desembolsar para tê-los. / AGÊNCIAS