Tim Cook, CEO da Apple, confirmou o lançamento do headset de realidade virtual Vision Pro no mercado da China ainda este ano, segundo a mídia estatal chinesa.
O executivo participou do Fórum de Desenvolvimento da China em Pequim no último domingo (24). Durante a estadia no país, Cook também visitou uma nova loja da Apple em Xangai e enfatizou a importância do mercado chinês para a empresa.
Em entrevista à CCTV, o CEO afirmou que tem confiança no prosseguimento dos negócios da Apple com o país "onde tudo é possível".
Cook teria dado resposta afirmativa a uma pergunta sobre o lançamento do headset na China até o final do ano. O Vision Pro chegou ao mercado dos Estados Unidos em fevereiro, com preço inicial de US$ 3.500.
Apesar de uma queda nas vendas na região da China continental em dezembro, Cook reafirmou o compromisso da Apple com o país. Além de expressar confiança no mercado chinês, ele mencionou seu amor pela China, cultura e pessoas de lá.
Por que usuários do Apple Vision Pro relatam dores de cabeça?
Alguns usuários do Vision Pro relataram dores de cabeça e vasos sanguíneos rompidos após o uso do aparelho.
Em entrevista ao Byte, o neurocientista e professor Álvaro Machado Dias relembra que o mal-estar causado por óculos de realidade virtual e mista é conhecido há tempos e não se restringe a este modelo da Apple.
O especialista explica que o fenômeno tem origem na orelha interna e cerebelo.
"Em certo sentido, o problema é convergente ao que ocorre em veículos autodirigidos ou, simplesmente, quando se senta no banco de trás de um carro: a perda de controle ambiental produz náusea (chamado em inglês de motion sickness), a qual gera dor de cabeça", disse Dias.
Outro fator que conta para a dor de cabeça é a luminosidade das telas internas do aparelho, que são extremamente poderosas. Para que a experiência seja intensa é preciso bombardear as retinas e o córtex occipital (visual), o que causa dor de cabeça.
"A coisa mais importante a se ter em mente é que crianças não podem usar óculos de realidade virtual pelo risco aumentado de convulsão. O mesmo se aplica à população mais vulnerável. Isto posto, a recomendação é ter bom senso e não usar por mais do que 15-20 minutos sem pausa", alerta o especialista.