Uma equipe de arqueólogos marítimos descobriu um aríete de bronze, arma utilizada em embates navais, em um sítio arqueológico submerso próximo às ilhas de Levanzo e Favignana, na Sicília.
A peça, datada do século 3 a.C., é um artefato importante para o entendimento da Batalha dos Égates, confronto naval decisivo entre Roma e Cartago que marcou o fim da Primeira Guerra Púnica.
A descoberta, anunciada pela Superintendência do Mar da Região da Sicília, foi realizada durante uma campanha de escavações que já dura duas décadas. O objeto, encontrado a cerca de 80 metros de profundidade, estava adornado com um capacete romano e apresentava incrustações marinhas.
A peça foi recuperada pelo navio de pesquisa oceanográfica "Hercules" e está sendo analisada em um laboratório especializado.
A batalha
A Batalha dos Égates, ocorrida em 241 a.C., foi um ponto de inflexão na história do Mediterrâneo. A vitória romana consolidou seu domínio naval e iniciou um processo de expansão que culminaria na criação de um maiores exércitos, o Império Romano.
O sítio arqueológico onde o aríete foi encontrado tem sido objeto de intensas pesquisas, e diversas outras peças, como capacetes, espadas e ânforas, já foram recuperadas.
A arma encontrada era projetada para causar danos significativos aos navios inimigos, abrindo brechas em seus cascos. A descoberta deste novo artefato contribui para uma melhor compreensão das táticas navais empregadas durante a Primeira Guerra Púnica e da importância do domínio marítimo na antiguidade.