A partir de marcas encontradas em um jarro de barro, arqueólogos descobriram evidências de um gato que viveu há mais de 1.200 anos no Monte Sião, em Jerusalém. Essas marcas, que incluem impressões de patas e garras, indicam que o gato estava "amassando pãozinho" — um comportamento que sugere que ele se sentia seguro e contente.
As provas de amassamento felino incluem as marcas de uma pata dianteira e um dedão, além de marcas de arranhões profundos que podem ter sido feitas por um gato ao estender suas garras em um pote de barro enquanto secava.
O professor Shimon Gibson, que co-dirige as escavações, explicou em comunicado: "As marcas de garras mostram o contentamento do gato antigo. Ele não apenas andou no jarro cru; se estivesse apenas passeando, não haveria marcas de garras."
O professor ainda explicou que o fragmento do jarro, datado do período Abássida, foi encontrado durante escavações e inicialmente não foi notado. As marcas foram identificadas por Gretchen Cotter enquanto analisava o material coletado.
A pegada do gato media cerca de 3x3 centímetros, com marcas profundas que revelam que ele estava acomodado confortavelmente no jarro.
Gibson afirma que as marcas mais frequentes em cerâmicas antigas são impressões digitais humanas, frequentemente de crianças que realizavam tarefas como colocar alças nas laterais dos jarros. No entanto, se um animal pisa na argila antes de ela secar, marcas aparecerão.
Com isso, o professor sugere que o gato pode ter se posicionado na borda do jarro para tomar sol: "A pegada indica que ele provavelmente estava reclinado, se sentindo aquecido e seguro."
Cotter acrescentou: "Podemos imaginar que ele ronronava enquanto absorvia o sol de Jerusalém."