Pesquisadores revelaram recentemente que o asteroide Bennu — descoberto pela Nasa — contém minerais raramente encontrados em outras rochas espaciais: com ingredientes formadores de vida.
A nova análise aprofundada das amostras de 45 milhões de anos identificou fosfato de magnésio encontrado nos oceanos da Terra, filossilicatos observados em placas tectônicas e glicina, que é um componente importante nas proteínas.
Esses minerais podem ser encontrados porque as rochas espaciais normalmente ficam expostas ao ar da Terra durante anos antes de serem encontradas, e a exposição ao ar
altera os compostos na superfície do asteroide.
Os cientistas também identificaram minerais contendo água, confirmando as especulações de que Bennu se originou de um antigo mundo aquático que pode ter sido adequado para a vida.
Os investigadores acreditam que é possível que um asteroide como Bennu tenha trazido estes minerais para a Terra, formando os blocos de construção da vida e dando início ao processo que levou à nossa existência.
A pesquisa
Cientistas da Universidade do Arizona usaram um poderoso microscópio eletrônico para observar e testar as amostras de asteroides, que descobriram que não apenas havia abundância de fosfato de magnésio e glicina presentes, mas também havia outros minerais à base de água, incluindo carbonatos, sulfitos, olivina e magnetita.
A olivina é um mineral importante encontrado no fundo do mar que serve como fronteira entre a crosta oceânica e continental da Terra, enquanto a magnetita purifica a água.
Os minerais encontrados nas amostras de Bennu são raros porque a maioria dos asteroides não são encontrados durante vários anos e a longa exposição ao ar da Terra altera a superfície da rocha espacial.
Os dados foram coletados do asteroide Bennu usando a missão OSRISIS-REx da Nasa, o que significa que os cientistas foram capazes de coletar amostras frescas e intactas diretamente da fonte.