Peggy Whitson, atual recordista do título de maior tempo acumulado no espaço (isto é, entre astronautas dos Estados Unidos), está se aposentando pela NASA. O anúncio foi feito pela agência espacial nesta sexta-feira (15).
Para o administrador da agência espacial, Jim Bridenstine, "sua determinação, força de espírito, caráter, dedicação à ciência, exploração e descoberta são uma inspiração para a NASA e toda a América". Whitson chegou à agência em 1986, atuando em várias funções ao longo do tempo, como, por exemplo, cientista no projeto do programa Shuttle, antes de ter se inscrito para o programa de seleção de astronautas em 1996.
"Ela estabeleceu os mais altos padrões para as operações de voos espaciais tripulados, além de ser um excelente modelo para mulheres e homens dos Estados Unidos e em todo o mundo", declarou Brian Kelly, diretor de operações de voo da NASA. Peggy, como astronauta, completou três missões de longa duração na Estação Espacial Internacional, batendo recordes em cada uma delas.
Como parte da Expedição 5, em 2002 a astronauta fez sua primeira viagem espacial, participando de 21 investigações científicas e tornando-se a primeira oficial de ciências da ISS. Já em 2008, Whitson voltou à estação com a Expedição 16, tornando-se a primeira comandante feminina da ISS.
Maior caminhada espacial de uma mulher
Já nas Expedições 50, 51 e 52, realizadas entre novembro de 2016 e setembro de 2017, a astronauta ficou marcada como a primeira mulher a comandar a ISS duas vezes, também ganhando o título de "maior caminhada espacial de uma mulher", com 10 spacewalks totalizando 60 horas e 21 minutos. Ainda, ela estabeleceu o recorde de maior tempo gasto no espaço por um astronauta norte-americano, com 665 dias acumulados.
Como se todos esses recordes não fossem o bastante, Peggy Whitson também serviu à NASA como chefe do corpo de astronautas entre 2009 e 2012, sendo ela a primeira mulher a ocupar este cargo, e a primeira chefe de astronautas que não era da área militar.