Bancos se preparam para vender até US$3 bi em empréstimos da rede social X, dizem fontes

27 jan 2025 - 10h52
(atualizado às 14h07)

Os bancos de Wall Street estão se preparando para vender até 3 bilhões de dólares em participações de dívida na rede social X, controlada por Elon Musk, disseram duas fontes com conhecimento do assunto.

Executivos do Morgan Stanley entraram em contato com investidores antes de uma venda planejada para esta semana, disseram as fontes.

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Os bancos esperam receber de 90 a 95 centavos de dólar, de acordo com o Wall Street Journal.

Musk disse que a reportagem do jornal é "falsa" e escreveu em sua conta no X que a publicação estava "mentindo".

O jornal citou um email de janeiro para a equipe do X, no qual Musk disse que as finanças  da empresa continuam com problemas, mas apontando para o poder e a influência crescentes que acredita que empresa tenha.

Morgan Stanley e outros bancos, como Bank of America e Barclays, emprestaram dinheiro a Musk para concluir a compra do Twitter por 44 bilhões de dólares em 2022, antes do bilionário mudar o nome da empresa para X.

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Morgan Stanley, Bank of America e Barclays não comentaram o assunto.

Normalmente, os bancos vendem esses empréstimos aos investidores logo após a conclusão de um negócio, mas os credores enfrentaram dificuldades para quitar a dívida no caso da X.

As mudanças radicais de Musk na plataforma, incluindo a demissão de muitas pessoas que trabalhavam para moderar conteúdo, e uma de suas publicações na rede social, afugentaram os anunciantes e afetaram as receitas da empresa. Isso reduziu o valor da dívida, pois o risco de inadimplência aumentou.

A Reuters informou em novembro que a ascensão política de Musk e sua proximidade com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fizeram com que os bancos norte-americanos refletissem sobre as melhores perspectivas para a plataforma de mídia social, o que os ajudou a vender a dívida sem ter que arcar com grandes descontos.

As tentativas de vender a dívida no final de 2022 atraíram ofertas que teriam feito com que os bancos tivessem uma perda de até 20% sobre o valor de face da dívida, disseram fontes na época.

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Outros bancos do consórcio que ajudaram a financiar a compra do Twitter incluíram Mitsubishi UFJ, BNP Paribas, Mizuho e Société Générale.

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