Bebês prematuros correm mais risco de desenvolver TDAH, segundo estudo

A teoria é que bebês prematuros estão em maior risco de TDAH por causa do desenvolvimento do cérebro, já que tiveram menos tempo para o crescimento do órgão

15 ago 2022 - 18h15
(atualizado às 20h18)

Bebês que nasceram antes de 39 semanas são mais propensas a apresentar sintomas associados ao TDAH (transtorno de déficit de atenção/hiperatividade), de acordo com um estudo publicado na revista científica Journal of Pediatrics.

Para chegar a essa afirmação, os pesquisadores procuraram estimar as associações entre o período gestacional e os sintomas de TDAH de crianças de 9 anos, com base em relatos feitos por professores. Ao todo, cerca de 1.400 crianças tiveram seus dados analisados pela equipe.

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No geral, os pesquisadores descobriram que as crianças nascidas com 37 e 38 semanas de gestação tiveram pontuações significativamente mais altas nas escalas de classificação dos professores do que as crianças que nasceram entre 39 e 41 semanas. Essa pontuação diz respeito a hiperatividade, TDAH e problemas cognitivos.

Foto: Nualaimages/Envato Elements / Canaltech

Os autores do artigo descobriram que cada semana de idade gestacional estava associada a uma pontuação de hiperatividade 6% mais baixa e de TDAH e problemas cognitivos 5% mais baixa. Além disso, o nascimento de crianças em 37 a 38 semanas estava associado a um risco 23% maior de hiperatividade.

"As descobertas adicionam evidências crescentes que apoiam as recomendações atuais para adiar partos para pelo menos 39 semanas e sugerem que exames regulares para sintomas de TDAH são importantes para crianças nascidas entre 37 e 38 semanas", pontuam os pesquisadores.

A teoria é que bebês prematuros estão em maior risco de TDAH por causa do desenvolvimento do cérebro. "Crescimento e desenvolvimento significativos em vários tipos de células cerebrais são observados entre 34 e 40 semanas de gestação. Os bebês nascidos entre 39 e 41 semanas provavelmente se beneficiam de uma a duas semanas adicionais de crescimento cerebral no útero em comparação com os prematuros", conclui o estudo.

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Fonte: Journal of Pediatrics via Rutgers University

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